Lyrics and translation Amelinha - Paralelas

Paralelas

Dentro do carro
Sobre o trevo
A cem por hora, ó meu amor
Só tens agora os carinhos do motor

E no escritório em que eu trabalho
E fico rico, quanto mais eu multiplico
Diminui o meu amor

Em cada luz de mercúrio
Vejo a luz do teu olhar
Passas praças, viadutos
Nem te lembras de voltar, de voltar, de voltar

No Corcovado, quem abre os braços sou eu
Copacabana, esta semana, o mar sou eu
Como é perversa a juventude do meu coração
Que só entende o que é cruel e o que é paixão

E as paralelas dos pneus n'água das ruas
São duas estradas nuas
Em que foges do que é teu

No apartamento, oitavo andar
Abro a vidraça e grito, grito quando o carro passa
Teu infinito sou eu, sou eu, sou eu, sou eu

No Corcovado, quem abre os braços sou eu
Copacabana, esta semana, o mar sou eu
Como é perversa a juventude do meu coração
Que só entende o que é cruel e o que é paixão

Parallels

Inside the car
Upon clover
A hundred per hour, oh my love
Now you only have the car’s affection

And in the office where I work
And I get rich, the more I multiply
My love diminishes

At each mercury streetlight
I see your gaze's light
You pass plazas, viaducts
You don’t even think about coming back, coming back, coming back

In Corcovado, I am the one with open arms
Copacabana, this week, the ocean is me
How perverse is the youth of my heart
That only understands what is cruel and what is passion

And the tire tracks in the water of the streets
Are two naked highways
Where you escape what is yours

In the apartment, eighth floor
I open the window and scream, I scream when the car passes by
Your infinity is me, me, me, me

In Corcovado, I am the one with open arms
Copacabana, this week, the ocean is me
How perverse is the youth of my heart
That only understands what is cruel and what is passion