Lyrics and translation Criolo feat. Tulipa Ruiz - Casa de Papelão

Casa de Papelão

Olhos nos olhos sem dar sermão
Nada na boca e no coração
Seus amigos são um cachimbo e um cão
Casa de papelão

Olhos nos olhos, preste atenção
Olha a ocupação
Só ficou você, só restou você
Uivo louco, sangue em choro
Pra agradar opressão

Não de foice ou faca
Esquartejada a alma amarga, amassa lata
Estoura pulmão

Toda pedra acaba
Toda brisa passa
Toda morte chega e laça
São pra mais de um milhão

Prédios vão se erguer
E o glamour vai colher
Corpos na multidão

Na minha mente várias portas
E em cada porta uma comporta
Que se retrai e às vezes se desloca
E quantos segredos não foram guardados nessa maloca?

Flutuar no céu poluído da cidade
E beber toda a sua mentira
Esperança à míngua, torneira sem água
Moeda? É religião que alicia

Vamos cantar pra nossos mortos
Vamos chorar pelos que ficam
Orar por melhores dias
E se humilhar por um novo abrigo

Não de foice ou faca
Esquartejada a alma amarga, amassa lata
Estoura pulmão

Toda pedra acaba
Toda brisa passa
Toda morte chega e laça
São pra mais de um milhão

Prédios vão se erguer
E o glamour vai colher
Corpos na multidão

House of Cardboard

Eye to eye without a sermon
Nothing in your mouth and in your heart
Your friends are a pipe and a dog
House of Cardboard

Eye to eye, pay attention
Look at the occupation
Only you are left, only you are left
Crazy howl, blood in tears
To please oppression

Not with a sickle or a knife
The bitter soul quartered, crushes cans
Bursts a lung

Every stone ends
Every breeze passes
All death arrives and lassoes
They're for more than a million

Buildings will rise
And glamour will reap
Bodies in the crowd

In my mind are many doors
And in each door a gate
That retreats and sometimes shifts
And how many secrets have not been kept in this slum?

Float in the polluted sky of the city
And drink all of its lies
Hope dwindling, faucet without water
Money? It's the religion that lures

Let's sing for our dead
Let's cry for those who remain
Pray for better days
And humble ourselves for a new shelter

Not with a sickle or a knife
The soul quartered, crushes cans
Bursts a lung

Every stone ends
Every breeze passes
All death arrives and lassoes
They're for more than a million

Buildings will rise
And glamour will reap
Bodies in the crowd