O retrato da favela tem so uma imagem, mais cada olho tem sua interpretação pra essa imagem meus olhos veem quando eu olho pra favela almas tristes, sonhos frustados, esperanças destruidas, crianças sem futuro, vejo apenas vitimas e dor.
Das Bild der Favela hat nur ein Bild, aber jedes Auge hat seine eigene Interpretation für dieses Bild. Meine Augen sehen, wenn ich die Favela betrachte: traurige Seelen, zerstörte Träume, zerstörte Hoffnungen, Kinder ohne Zukunft, ich sehe nur Opfer und Schmerz.
Os olhos do gambé veem traficantes com r-15 e lançador de granada, vagabundas drogadas, mães solteiras desempregados embreagados no balcão do bar adolescentes viciados, pivetes com pipa com rojão avisando que os homi tão chegando
Die Augen des Bullen sehen Dealer mit R-15 und Granatwerfer, drogenabhängige Schlampen, alleinerziehende Mütter, betrunkene Arbeitslose am Bartresen, süchtige Jugendliche, Jungs mit Drachen und Feuerwerkskörpern, die warnen, dass die Bullen kommen.
Veem em cada barraco um esconderijo uma boca em cada senhora de cabelo branco uma dona maria mae de bandido, os olhos do politico veem presas ignorantes, ingenuas, marionetes de manuseio simples a faca e o queijo, o passaporte pra genebra o talão de cheque especial o tapete vermelho pra loja da mercedes o tamanco o vestido o modis e o vibrador da sua puta.
Sie sehen in jeder Hütte ein Versteck, eine Drogenverkaufsstelle, in jeder weißhaarigen alten Dame eine Dona Maria, Mutter eines Banditen. Die Augen des Politikers sehen ignorante, naive Beute, leicht zu handhabende Marionetten, die perfekte Gelegenheit, den Pass nach Genf, das Scheckheft für das Sonderkonto, den roten Teppich zum Mercedes-Laden, die Sandale, das Kleid, die Mode und den Vibrator seiner Hure.
Veem o mar de peixes cegos que semprem mordem o mesmo anzol, os olhos do boy esses ai esses nao veem nada, nenhum problema os aviões com droga, o trafico de arma, as escolas sem telhado, lousa, professor, segurança o jovem sem acesso a livro, quadra esportiva, centro cultural; não veem os ossos no cemiterio clandestino as vitimas da brutalidade da policia, o povo esquecido e desassistido os olhos do boy so são capazes de enxergar na imagem da favela, o medo o medo em forma de hk na ponta do seu nariz, e voce truta o que seus olhos veem quando olham pra favela?
Sie sehen das Meer blinder Fische, die immer denselben Haken schlucken. Die Augen des reichen Jungen, diese da, die sehen nichts, kein Problem: die Flugzeuge mit Drogen, den Waffenhandel, die Schulen ohne Dach, Tafel, Lehrer, Sicherheit, den Jugendlichen ohne Zugang zu Büchern, Sportplatz, Kulturzentrum; sie sehen nicht die Knochen auf dem heimlichen Friedhof, die Opfer der Polizeibrutalität, das vergessene und vernachlässigte Volk. Die Augen des reichen Jungen können im Bild der Favela nur die Angst erkennen, die Angst in Form einer HK vor seiner Nase. Und du, was sehen deine Augen, wenn du die Favela betrachtest?