Lyrics and translation Gabriel o Pensador feat. Adriana Calcanhotto - Tás a ver?
Estás
a
ver
o
que
eu
estou
a
ver?
/ Estás
a
ver?
estás
a
perceber?
/ estás
a
ouvir
o
que
eu
estou
a
dizer?
/ Estás
a
ouvir?
Estás
a
perceber?
/ Eu
tenho
visto
tanta
coisa
nesse
meu
caminho
– nessa
nossa
trilha,
que
eu
não
ando
sozinho
– tenho
visto
tanta
coisa,
tanta
cena...
/ mais
impactante
do
que
qualquer
filme
de
cinema
/ e
se
milhares
de
filmes
não
traduzem,
nem
reproduzem
/ a
amplitude
do
que
eu
tenho
visto
/ não
vou
mentir
pra
mim
mesmo,
acreditando
/ que
uma
música
é
capaz
de
expressar
tudo
isso
/ não
vou
mentir
pra
mim
mesmo,
acreditando
/ mas
eu
preciso
acreditar
na
comunicação
/ mas
eu
preciso
acreditar
/ não
há
melhor
antídoto
pra
solidão
/ e
é
por
isso
que
eu
não
fico
satisfeito
/ em
sentir
o
que
eu
sinto,
se
o
que
eu
sinto
fica
só
no
meu
peito
/ por
mais
que
eu
seja
egoísta
/ aprendi
a
dividir
as
emoções,
e
os
seus
efeitos
/ sei
que
o
mundo
é
um
novelo,
uma
só
corrente
/ posso
vê-lo
por
seus
belos
elos
transparentes
/ mudam
cores
e
valores,
mas
tá
tudo
junto
/ por
mais
que
eu
saiba,
eu
ainda
pergunto:
Tu
vois
ce
que
je
vois
?/ Tu
vois
? Tu
comprends
?/ Tu
entends
ce
que
je
dis
?/ Tu
écoutes
? Tu
comprends
?/ J’ai
vu
tant
de
choses
sur
mon
chemin
– sur
notre
chemin,
car
je
ne
marche
pas
seul
– j’ai
vu
tant
de
choses,
tant
de
scènes...
/ plus
percutantes
que
n’importe
quel
film
/ et
si
des
milliers
de
films
ne
traduisent
ni
ne
reproduisent
/ l’ampleur
de
ce
que
j’ai
vu
/ je
ne
vais
pas
me
mentir
à
moi-même
en
croyant
/ qu’une
chanson
est
capable
d’exprimer
tout
cela
/ je
ne
vais
pas
me
mentir
à
moi-même
en
croyant
/ mais
je
dois
croire
en
la
communication
/ je
dois
y
croire
/ il
n’y
a
pas
de
meilleur
antidote
à
la
solitude
/ et
c’est
pour
cela
que
je
ne
me
contente
pas
/ de
ressentir
ce
que
je
ressens,
si
ce
que
je
ressens
reste
enfermé
dans
ma
poitrine
/ aussi
égoïste
que
je
sois
/ j’ai
appris
à
partager
les
émotions,
et
leurs
effets
/ je
sais
que
le
monde
est
une
pelote,
une
seule
chaîne
/ je
peux
le
voir
à
travers
ses
beaux
maillons
transparents
/ les
couleurs
et
les
valeurs
changent,
mais
tout
est
lié
/ même
si
je
le
sais,
je
me
le
demande
encore:
Tás
a
ver?
A
vida
como
ela
é
Tu
vois
? La
vie
comme
elle
est
Tás
a
ver?
A
vida
como
tem
que
ser
Tu
vois
? La
vie
comme
elle
doit
être
Tás
a
ver?
A
vida
como
a
gente
quer
Tu
vois
? La
vie
comme
on
la
veut
Tás
a
ver?
A
vida
pra
gente
viver
Tu
vois
? La
vie
pour
qu’on
la
vive
"...Já
que
a
vida
é
feita
de
pequenos
nadas..."
"...Puisque
la
vie
est
faite
de
petits
riens..."
Tás
a
ver?
a
linha
do
horizonte
/ a
levitar,
a
evitar
que
o
céu
se
desmonte?
/ foi
seguindo
essa
linha
que
notei
/ que
o
mar
na
verdade
é
uma
ponte
/ atravessei-a
e
fui
a
outros
litorais
/ e
no
começo
eu
reparei
nas
diferenças
/ mas
com
o
tempo
eu
percebi,
e
cada
vez
percebo
mais
/ como
as
vidas
são
iguais,
muito
mais
do
que
se
pensa
/ mudam
as
caras
/ mas
todas
podem
ter
as
mesmas
expressões
/ mudam
as
línguas,
mas
todas
têm
/ suas
palavras
carinhosas
e
os
seus
calões
/ as
orações
e
os
deuses
também
variam
/ mas
o
alívio
que
eles
trazem
vem
do
mesmo
lugar
/ mudam
os
olhos
e
tudo
o
que
eles
olham
/ mas
quando
molham,
todos
olham
com
o
mesmo
olhar
/ seja
onde
for,
uma
lágrima
de
dor
/ tem
apenas
um
sabor
e
uma
única
aparência
/ a
palavra
saudade
só
existe
em
português
/ mas
nunca
faltam
nomes
se
o
assunto
é
ausência
/ solidão
apavora,
mas
a
nova
amizade
encoraja
/ e
é
por
isso
que
a
gente
viaja
/ procurando
um
reencontro,
uma
descoberta
/ que
compense
a
nossa
mais
recente
despedida
/ nosso
peito
muitas
vezes
aperta,
nossa
rota
é
incerta
/ mas
o
que
não
é
incerto
na
vida?
Tu
vois
? La
ligne
d’horizon
/ léviter,
empêcher
le
ciel
de
s’effondrer
?/ c’est
en
suivant
cette
ligne
que
j’ai
remarqué
/ que
la
mer
est
en
fait
un
pont
/ je
l’ai
traversée
et
j’ai
atteint
d’autres
rivages
/ et
au
début
j’ai
remarqué
les
différences
/ mais
avec
le
temps
j’ai
réalisé,
et
je
le
réalise
de
plus
en
plus
/ à
quel
point
les
vies
sont
semblables,
bien
plus
qu’on
ne
le
pense
/ les
visages
changent
/ mais
tous
peuvent
avoir
les
mêmes
expressions
/ les
langues
changent,
mais
toutes
ont
/ leurs
mots
affectueux
et
leurs
jurons
/ les
prières
et
les
dieux
varient
aussi
/ mais
le
soulagement
qu’ils
apportent
vient
du
même
endroit
/ les
yeux
changent
et
tout
ce
qu’ils
regardent
/ mais
quand
ils
pleurent,
tous
regardent
avec
le
même
regard
/ où
que
ce
soit,
une
larme
de
douleur
/ n’a
qu’une
seule
saveur
et
une
seule
apparence
/ le
mot
« saudade
» n’existe
qu’en
portugais
/ mais
les
noms
ne
manquent
jamais
lorsqu’il
s’agit
d’absence
/ la
solitude
terrifie,
mais
une
nouvelle
amitié
encourage
/ et
c’est
pour
cela
qu’on
voyage
/ à
la
recherche
de
retrouvailles,
d’une
découverte
/ qui
compense
notre
dernier
adieu
/ notre
cœur
souvent
ouvert,
notre
route
incertaine
/ mais
qu’est-ce
qui
n’est
pas
incertain
dans
la
vie
?
A
vida
é
feita
de
pequenos
nadas
/ que
a
gente
saboreia
mas
não
dá
valor
/ um
pensamento,
uma
palavra,
uma
risada
/ uma
noite
enluarada
ou
um
sol
a
se
pôr
/ um
bom
dia,
um
boa
tarde,
um
por
favor
– simpatia
é
quase
amor
– uma
luz
acendendo,
uma
barriga
crescendo
/ uma
criança
nascendo,
obrigado,
Senhor
/ seja
lá
quem
for
o
Senhor
/ seja
lá
quem
for
a
Senhora
/ a
quem
quiser
me
ouvir,
e
a
mim
mesmo
/ preciso
dizer
tudo
o
que
eu
estou
dizendo
agora
/ preciso
acreditar
na
comunicação
/ não
há
melhor
antídoto
pra
solidão
/ e
é
por
isso
que
eu
não
fico
satisfeito
/ em
sentir
o
que
eu
sinto,
se
o
que
eu
sinto
fica
só
no
meu
peito
/ por
mais
que
eu
seja
egoísta
/ aprendi
a
dividir
minhas
derrotas,
e
minhas
conquistas
/ nada
disso
me
pertence
/ é
tudo
temporário
no
tapete
voador
do
calendário
/ á
que
temos
forças,
pra
somar
e
dividir
/ enquanto
estivermos
aqui
/ se
me
ouvires
cantando,
canta
comigo
/ se
me
vires
chorando,
sorri.
La
vie
est
faite
de
petits
riens
/ que
l’on
savoure
mais
que
l’on
ne
chérit
pas
/ une
pensée,
une
parole,
un
rire
/ une
nuit
au
clair
de
lune
ou
un
coucher
de
soleil
/ un
bonjour,
un
bonsoir,
un
s’il
vous
plaît
– la
sympathie
est
presque
de
l’amour
– une
lumière
qui
s’allume,
un
ventre
qui
s’arrondit
/ un
enfant
qui
naît,
merci
Seigneur
/ qui
que
soit
le
Seigneur
/ qui
que
soit
la
Dame
/ à
qui
veut
bien
m’entendre,
et
à
moi-même
/ je
dois
dire
tout
ce
que
je
dis
en
ce
moment
/ je
dois
croire
en
la
communication
/ il
n’y
a
pas
de
meilleur
antidote
à
la
solitude
/ et
c’est
pour
cela
que
je
ne
me
contente
pas
/ de
ressentir
ce
que
je
ressens,
si
ce
que
je
ressens
reste
enfermé
dans
ma
poitrine
/ aussi
égoïste
que
je
sois
/ j’ai
appris
à
partager
mes
défaites
et
mes
victoires
/ rien
de
tout
cela
ne
m’appartient
/ tout
est
temporaire
sur
le
tapis
volant
du
calendrier
/ mais
nous
avons
la
force
d’additionner
et
de
diviser
/ tant
que
nous
serons
là
/ si
tu
m’entends
chanter,
chante
avec
moi
/ si
tu
me
vois
pleurer,
souris.
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