Lyrics and translation Samuel Úria - Rua da Fonte Nova 171

Rua da Fonte Nova 171

O teu nome é uma daquelas coisas que se perde em tradução.
De sangue rosa azulado em nobreza e não só mesa, tecto, colchão.

O meu nome foi só outra coisa rabiscado na parede, a tua lousa.
De aparatoso há quem o ache piroso e tu também és cor-de-rosa.

E é rosa de cheiro? É rosa de gládio? Botão de betão?
Não, não, não, não, não...

Recordações são palavrões nortenhos, asneiras banalizadas.
O meu vernáculo é o do habitáculo das 13 assoalhadas.

Recordações da casa cor-de-rosa. Estás colmatosa, eu adormeci.
Vais devoluta e eu não estou de volta, mas ainda acordo em ti.

És rua do Tordo? Rua do Casal? O diz
Não, não, não, não, não...

Rua da Fonte Nova 171

Your name is one of those things that gets lost in translation.
From blue-pink blood in nobility and not just table, ceiling, mattress.

My name was just another thing scribbled on the wall, your chalkboard.
There are those who find it garish and you are also pink.

And is it rose scented? Is it gladiolus pink? Concrete button?
No, no, no, no, no...

Memories are northern swear words, trivialized nonsense.
My vernacular is that of the 13-room compartment.

Memories of the pink house. You are comatose, I fell asleep.
You're going back and I'm not back, but I still wake up in you.

Are you Tordo street? Casal Street? He says
No, no, no, no, no...