Paroles et traduction Carlos do Carmo - Lisboa Oxalá

Lisboa Oxalá

Tal qual esta Lisboa, roupa posta á janela
Tal qual esta Lisboa, roxa jacarandá
Sei de uma outra Lisboa, de avental e chinela
Ai Lisboa fadista, de Alfama e oxalá

Lisboa lisboeta, da noite mais escura
De ruas feitas sombra, de noites e vielas
Pisa o chão, pisa a pedra, pisa a vida que é dura
Lisboa tão sozinha, de becos e ruelas

Mas o rosto que espreita, por detrás da cortina
É o rosto de outrora feito amor feito agora
Riso de maré viva numa boca ladina
Riso de maré cheia num beijo que demora

E neste fado deixo esquecido aqui ficar
Lisboa sem destino, que o fado fez cantar
Cidade marinheira sem ter que navegar
Caravela da noite que um dia vai chegar

Lisbon Oh Please

Like this Lisbon, laundry hung on the windowsill
Like this Lisbon, in deep purple Jacaranda
I know of another Lisbon, wearing an apron and slippers
Oh, nostalgic Lisbon, of Alfama and oh, please

Lisbon of Lisbon, of the darkest night
Of streets that are shadows, of alleyways and nights
Tramples the pavement, the stones, the life that's hard
Lisbon, so lonely, of nooks and shortcuts

But the face that peeps out from behind the curtain
Is the face from the past, made of love and made of the present
The smile of a high tide on a rogue's lips
The smile of a full tide in a kiss that lingers

And in this fado that I sing, forgotten and left here
Lisbon without a destiny, that fado has made sing
A seafaring city without having to sail
A night's caravel that will reach its destiny one day