Paroles et traduction Cartola - Vale Do São Francisco

Vale Do São Francisco

Esse foi o último samba-enredo meu
E de Carlos Moreira de Castro, o Carlos Cachaça
Lá na estação primeira, em 1948

Não há
Neste mundo um cenário
Tão rico, tão vário
E com tanto esplendor
Nos monte
Onde jorram as fontes
Que quadro sublime
De um santo pintor

Pergunta o poeta esquecido
Quem fez esta tela
De riquezas mil

Responde soberbo o campestre
Foi Deus, foi o Mestre
Quem fez meu Brasil
Meu Brasil, o meu Brasil

E se vires poeta o vale
O vale do rio
Em noite invernosa
Em noite de estio
Como um chão de prata
Riquezas estranhas
Espraiando belezas
Por entre montanhas
Que ficam e que passam
Em terras tão boas
Pernambuco, Sergipe
Majestosa Alagoas
E a Bahia lendária
Das mil catedrais
Terra do ouro de Tiradentes
Que é Minas Gerais

Não há
Neste mundo um cenário
Tão rico, tão vário
E com tanto esplendor
Nos montes
Onde jorram as fontes
Que quadro sublime
De um santo pintor

Pergunta o poeta esquecido
Quem fez esta tela
De riquezas mil

Responde soberbo o campestre
Foi Deus, foi o Mestre
Quem fez meu Brasil
Meu Brasil, o meu Brasil

Vale of São Francisco

This was the last samba-enredo by me
And Carlos Moreira de Castro, Carlos Cachaça
At the first station, in 1948

There is
No scenery in this world
So rich, so varied
And with such splendour
In the mountains
Where the fountains gush
What a sublime picture
Of a holy painter

The forgotten poet asks
Who made this canvas
Of a thousand riches

The countryman answers proudly
It was God, it was the Master
Who made my Brazil
My Brazil, my Brazil

And if you see the valley, my dear
The valley of the river
On a wintery night
On a summer night
Like a silver floor
Strange riches
Displaying beauty
Between mountains
That come and go
In such good lands
Pernambuco, Sergipe
Majestic Alagoas
And the legendary Bahia
Of the thousand cathedrals
Land of the gold of Tiradentes
Which is Minas Gerais

There is
No scenery in this world
So rich, so varied
And with such splendour
In the mountains
Where the fountains gush
What a sublime picture
Of a holy painter

The forgotten poet asks
Who made this canvas
Of a thousand riches

The countryman answers proudly
It was God, it was the Master
Who made my Brazil
My Brazil, my Brazil