Paroles et traduction Cátia de França - Hóspede da Natureza

Hóspede da Natureza

Em cima de uma abóbora estou
Bem a vontade eu vou
Dizendo mil vezes não ao luxo
De uma almofada de veludo

Mil vezes dirigir um carro de boi
Livre, livremente nessa terra
A brisa doce minha amiga
O meu bisavô e o tataravô

Viviam nesses campos, sua tenda
Nada fará que eu me arrependa
Olhe para esses vales
E o cume daquela montanha

Tente se sentar ao ar livre
Poeira não acumula sobre a grama
Toda criança reinaugura o mundo
Por brincar lá fora, na chuva, no frio
De casinha e cavalinho de pau

Todo ser humano precisa de um lar
Um lugar bem aquecido, confortável
O calor de um teto, o ardor das afeições, eh

Pássaros continuam em seus ninhos
Raposas e o olhar amarelo
Os homens e seus ternos limpos
Seus casacos sem remendos

Sua consciência nunca está tranquila
Na verdade existem poucos homens
E uma infinidade de calças e paletós

As cidades repletas são multidões
Ninguém se abraça, se cumprimenta
É uma solidão e tudo se arrebenta

Guest of Nature

I'm on top of a pumpkin
I am very comfortable
Saying no a thousand times to the luxury
Of a velvet cushion

A thousand times I'd rather drive an oxcart
Freely, freely in this land
The sweet breeze my friend
My great-grandfather and great-great-grandfather

They lived in these fields, their tent
Nothing will make me regret
Look at those valleys
And the peak of that mountain

Try to sit outdoors
Dust doesn't accumulate on the grass
Every child reinaugurates the world
By playing outside, in the rain, in the cold
Of playhouse and rocking horse

Every human being needs a home
A comfortable, warm place
The warmth of a roof, the warmth of affection

Birds remain in their nests
Foxes and the yellow gaze
Men and their clean suits
Their coats without patches

Their conscience is never at peace
In truth there are few men
And an infinity of trousers and jackets

Cities filled with crowds
No one embraces, greets each other
It's a solitude and everything breaks apart