Paroles et traduction Elba Ramalho - Lamento Sertanejo (Forró Do Dominguinhos)

Lamento Sertanejo (Forró Do Dominguinhos)

Por ser de lá
Do sertão, lá do cerrado
Lá do interior do mato
Da caatinga do roçado

Eu quase não saio
Eu quase não tenho amigos
Eu quase que não consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado

Por ser de lá
Na certa por isso mesmo
Não gosto de cama mole
Não sei comer sem torresmo

Eu quase não falo
Quase não sei de nada
Sou como rês desgarrada
Nessa multidão boiada caminhando a esmo

E era nada de nem nunca de negro não
E era ne de nunca mais
E era noite de ne nunca de nada mais
E era nem de negro não

Pipoca ali (pipoca ali), pipoca ali
Desanoitece a manhã
Tudo mudou

Pipoca ali, (pipoca aqui), pipoca ali
Desanoitece a manhã
Tudo mudou

Por ser de lá
Na certa por isso mesmo
Não gosto de cama mole
Não sei comer sem torresmo

Eu quase não falo
Eu quase não sei de nada
Sou com rês desgarrada
Nessa multidão boiada caminhando a esmo

Sertanejo Lament (Dominguinhos' Forró)

For being from there
From the backlands, from the scrubland
From the hinterlands of the forest
From the caatinga of the fields

I hardly ever go out
I hardly have any friends
I can hardly manage
To stay in the city without feeling at odds

For being from there
For that very same reason, no doubt
I don't like soft beds
I can't eat without crackling

I hardly speak
I hardly know anything
I'm like a lost cow
Walking aimlessly among this teeming herd

And it was nothing, not even never no black
And it was ne of never again
And it was night of ne never of nothing more
And it was nor of black no

Popcorn there (popcorn there), popcorn there
Dawn breaks upon the morning
Everything has changed

Popcorn there, (popcorn here), popcorn there
Dawn breaks upon the morning
Everything has changed

For being from there
For that very same reason, no doubt
I don't like soft beds
I can't eat without crackling

I hardly speak
I hardly know anything
I'm like a lost cow
Walking aimlessly among this teeming herd