Paroles et traduction Gigante no Mic - Apêndice

Apêndice

Gigante no mic
Dj Kaique no beat
Mixtape eu e a minha habitual falta de moderação
Apêndice

Pus a cara p′ra bater e minha mina me deu um chute
Vários dão tapas nas costas, e a falsidade vem no mute
Os pé no saco, enche o saco, e o pucha saco nunca saca
Eu dou um tapa nas ponta e não murro em ponta de faca

Eu pensando em tá no corre, mas a inspiração não deixa
De quebra eu quebro o queixo de quem apenas se queixa
Memória fotográfica, visão filmadora
Me defendo das rasteiras, atacando com as voadoras

Sou elegante e nem brigo com soco inglês
Com as pancadas que a vida dá quebrei a cara mais de uma vez
Se pescoçar, leva um pescoção de jeito
Nem todo mundo tem peito p'ra ser amigo do peito

Já to cabeção com meu pé de ganja sagrada
Levanto o dedo do meio, não vim p′ra dar oreiada
A vida é um ringue e eu burlei o antidoping na fissura
Se jogue tem que ter mais do que jogo de cintura

Mão aberta p'ra quem fecha, não pago de babaca
Os pé de breque são sempre os maiores mão de vaca
Alguns se apagam igual pegadas de tanto fazer pisada
É fácil virar a mesa com ajuda de mesada

Escrevo cartas do além, retirando ela das mangas
Cada rima é um novo corte no pulso, a caneta sangra
Fazendo por impulso p'ra impulsionar o que pulsa
A Dona Morte é a cobradora, mas pulo a roleta russa

Sangue frio! Minha alma agora inverna
Se fizer RAP nas coxas, com RAP eu quebro suas pernas
Paredes tem ouvido, mas não ouvem seu caô
Não fale pelos cotovelos p′ra não reclamar da dor

Quem tem o rei na barriga e nada fez
Ditado das antiga a barriga não dói só uma vez
Quem tem o rei na barriga tem olho maior que ela
O Seu Barriga que se foda com suas 14 parcelas

Da favela à passarela em desfiles
Pé no chão p′ra proteger o meu calcanhar de Aquiles
Ouvi de um grande sábio meu adágio preferido
Quem com o gládio fere, com o gládio será ferido

Ainda nem peguei pesado na técnica
A alma se conecta e a mente tem que lincar
Salve Liink, somos imortais em cada freestyle
Se o vazio se torna forte apreciaremos os detalhes

Minhas metas sãos metáforas, mente de metahumano
A mutação não muta a ação e as multas são porque mudamos
Palavras são parábolas, repito pros meus manos
Tudo é apenas símbolo do que nós projetamos

A inveja mata e quem pragueja quer matar
Planos na mente, degetos do istante que não quis velar
Alto lá Aiatolá, vai atolá, mas já to lá
Anos a frente eu me projeto viajante Interestelar

Múltiplos versos, múltiplas rimas
Multiuniversos, única sina
Até o último processo da última enzima
Sou lúcido e professo porque a música ensina

Enervamos exercendo esse enigma
Estamos estabelecendo nosso estigma
Elevamos o nível ao nível
Que é preciso expressar os números em sigma

Versos que alimentam, multiplico os pães e peixes
Foda-se o fascismo, quebramos a soma dos feixes
Dialética numérica, enumero a precisão
Aritmética poética, não encerro a divisão

Se a cena tá pequena, eu mato vários manos
Diminuindo o problema, sendo Malthusiano
Visando o estouro nesse ano nego
Mas Vou lixiviando ouro sem cianureto

Não duvide de um bandido, de um sonhador ou de um maluco
Eu sou a mistura dos últimos dois, com um tambor de seis eu dobro seu truco
Pagou que tem doze fez até pose de gangster do mal
Se não for vai pegar pegar mal, quem deve p'ra noiz, eu cobro igual turco

Eu vou com tudo e vou correr bem Sonic, já viu?
Com conteúdo para ser Jay Eletronic Brasil

Appendix

Giant on the mic
Dj Kaique on the beat
Mixtape, me and my usual lack of moderation
Appendix

I put my face out there to get beat, and my girl gave me a kick
Many people pat me on the back, and the falseness comes on mute
Pain in the ass, fills the bag, and the ball sack never gets it
I slap the point and don't die on the edge of a knife

Me, thinking about getting on track, but the inspiration doesn't let me
Besides that I break the jaw of those who only complain
Photographic memory, filming vision
I defend myself from the sweeps, attacking with the flyers

I'm elegant and I don't even fight with brass knuckles
With the blows that life gives, I've broken my face more than once
If you neck, take a neck in style
Not everyone has the heart to be a friend of the chest

I'm already big headed with my foot of sacred ganja
I raise my middle finger, I didn't come to pray
Life is a ring and I cracked the anti-doping in the crack
If you throw yourself, you have to have more than just hip play

Open hand to those who close, I don't play dumb
The foot-on-the-brakes are always the biggest hand-in-the-cow
Some fade like footprints from so much stepping
It's easy to flip the table with the help of allowance

I write letters from beyond, taking her out of my sleeves
Each rhyme is a new cut on the wrist, the pen bleeds
Doing it on impulse to propel what pulsates
Lady Death is the debt collector, but I jump the Russian roulette

Cold blood! My soul is now hibernating
If you RAP on your thighs, I'll break your legs with RAP
Walls have ears, but they don't hear your bullshit
Don't speak through your elbows so you don't complain about the pain

Who has the king in the belly and did nothing
Ancient saying, the belly doesn't hurt just once
Who has the king in the belly has an eye bigger than her
Your Belly, screw it with its 14 installments

From the favela to the catwalk in parades
Feet on the ground to protect my Achilles heel
I heard from a great sage my favorite adage
He who wounds with the sword will be wounded with the sword

I haven't even gotten heavy on the technique yet
The soul connects and the mind has to link
Hail Liink, we are immortal in every freestyle
If the void becomes strong we will appreciate the details

My goals are metaphors, metahuman mind
Mutation does not mutate action, and fines are because we changed
Words are parables, I repeat to my brothers
Everything is just a symbol of what we project

Envy kills and whoever curses wants to kill
Plans in mind, waste from the moment you didn't want to watch over
Stop there Ayatollah, you'll get stuck, but I'm already there
Years ahead I project myself interstellar traveler

Multiple verses, multiple rhymes
Multiverses, single fate
Until the last process of the last enzyme
I am lucid and profess because music teaches

We energize by exercising this enigma
We are establishing our stigma
We raise the level to the level
Which is to express the numbers in sigma

Verses that feed, I multiply loaves and fishes
Fuck fascism, we break the sum of the axes
Numerical dialectic, I enumerate precision
Poetic arithmetic, I don't end the division

If the scene is small, I'll kill several bros
Diminishing the problem, being Malthusian
Aiming for the bang this year dude
But I'll be leaching gold without cyanide

Don't doubt a thug, a dreamer, or a madman
I'm a mix of the last two, with a six-piece drum, I'll double your trick
He paid for twelve, even posed as a bad gangster
If not, it's gonna look bad, whoever owes us, I charge like a Turk

I'm going all in and I'm gonna run well Sonic, you know?
With content to be Jay Eletronic Brazil