Paroles et traduction Katia Guerreiro - Lisboa a Noite

Lisboa a Noite

Lisboa, adormeceu, já se acenderam
Mil velas nos altares das colinas
Guitarras pouco a pouco emudeceram
Cerraram-se as janelas pequeninas

Lisboa dorme um sono repousado
Nos braços voluptuosos do seu Tejo
Cobriu-a a colcha azul do céu estrelado
E a brisa veio, a medo, dar-lhe um beijo

Lisboa, andou de lado em lado
Foi ver uma toirada, depois bailou, bebeu
Lisboa, ouviu cantar o fado
Rompia a madrugada quando ela adormeceu

Lisboa não parou à noite inteira
Boémia, estouvanada, mas bairrista
Foi à sardinha assada lá na feira
E à segunda sessão d'uma revista

Dali p'ra o Bairro Alto então galgou
No céu a lua cheia refulgia
Ouviu cantar a Amália e então sonhou
Que era a saudade aquela voz que ouvia

Lisboa, andou de lado em lado
Foi ver uma toirada, depois bailou, bebeu
Lisboa, ouviu cantar o fado
Rompia a madrugada quando ela adormeceu

Lisboa, ouviu cantar o fado
Rompia a madrugada quando ela adormeceu

Lisbon at Night

Lisbon, fell asleep, a thousand candles were lit
On the altars of the hills
The guitars gradually fell silent
The little windows closed

Lisbon sleeps a peaceful sleep
In the voluptuous arms of its Tagus
The blue blanket of the starry sky covered her
And the breeze came, timidly, to kiss her

Lisbon, went from side to side
She went to see a bullfight, then danced, drank
Lisbon, listened to fado
Dawn was breaking when she fell asleep

Lisbon didn't stop all night
Bohemian, boisterous, but a local
She went to the grilled sardines at the market
And to the second showing of a revue

From there to the Bairro Alto she then climbed
The full moon shone brightly in the sky
She listened to Amália sing and then dreamed
That it was longing, that voice she heard

Lisbon, went from side to side
She went to see a bullfight, then danced, drank
Lisbon, listened to fado
Dawn was breaking when she fell asleep

Lisbon, listened to fado
Dawn was breaking when she fell asleep