Paroles et traduction Lucinnha Bastos - Bom Dia Belém (Live)

Bom Dia Belém (Live)

No Canta a Amazônia I
Ele tava sentado por ali
Hoje, infelizmente, ele não tá aqui
Mas, eu tenho certeza que ali de cima
Ele tá me mandando toda a energia dele
Como ele sempre me deu em vida
Edyr Proença

Há muito que aqui no meu peito
Murmuram saudades azuis do teu céu
Respingos de ausência me acordam
Luando telhados que a chuva cantou

O que é que tens feito que estás tão faceira?
Mais jovem que os jovens irmãos que deixei
Mais sábia que toda a ciência da terra
Mais terra, mais dona do amor que te dei

Onde anda meu povo, meu rio, meu peixe
Meu sol, minha rede, meu tamba-tajá
A sesta, o sossego da tarde descalça
O sono suado do amor que se dá

E o orvalho invisível na flor se embrulhando
Com o medo das asas do galo cantando
Um novo dia vai anunciando
Cantando e varando silêncios de lar

Me abraça apertado, que eu venho chegando
Sem sol e sem lua, sem rima e sem mar
Coberta de neve, lavada no pranto
Dos ventos que engolem cidades no ar

Procuro o meu barco de vela azulada
Que foi de panada sumindo sem dó
Procuro a lembrança da infância na grama
Dos campos tranquilos do meu Marajó

Belém, minha terra, minha casa, meu chão
Meu sol de janeiro a janeiro a suar
Me beija, me abraça que quero matar
A doída saudade que quer me acabar

Sem Círio da Virgem, sem cheiro cheiroso
Sem a chuva das duas que não pode faltar
Cochilo saudades na noite abanando
Teu leque de estrelas, Belém do Pará

'Brigada!
Edyr Proença e Aldacinda
'Brigada!

Good Morning Belém (Live)

In Canta a Amazônia I
He was sitting over there
Today, unfortunately, he's not here
But, I'm sure that up there
He's sending me all his energy
As he always gave me in life
Edyr Proença

For a long time now, in my heart
Whispers of longing for your blue sky
Splashes of absence wake me
Praising roofs that the rain sang about

What have you been doing that you're so happy?
Younger than the young brothers I left behind
Wiser than all the science of the earth
More earth, more owner of the love I gave you

Where are my people, my river, my fish
My sun, my hammock, my tamba-tajá
The nap, the peace of barefoot afternoon
The sweaty sleep of love that gives itself

And the invisible dew on the flower wrapping itself
With the fear of the rooster's wings crowing
A new day is announcing
Singing and sweeping away the silences of home

Hold me tight, I'm coming
Without sun or moon, without rhyme or sea
Covered in snow, washed in tears
Of winds that swallow cities in the air

I search for my sailboat with blue sails
That sailed away without pity
I search for the memory of childhood in the grass
Of the tranquil fields of my Marajó

Belém, my land, my home, my ground
My sun from January to January to sweat
Kiss me, hold me, I want to kill
The aching longing that wants to end me

Without the Virgin's Círio, without the fragrant scent
Without the two rains that cannot be missed
Napping with longing in the night fanning
Your fan of stars, Belém of Pará

'Thank you!
Edyr Proença and Aldacinda
'Thank you!