Paroles et traduction Luiz Marenco - Destinos - Live

Destinos - Live

O destino quer que eu cante
E ao cantar eu me concentro
A querência eu levo dentro
E o resto eu toco por diante

Podem me chamar de louco
Mas aprendi com os mais quebras
A não galopear nas pedras,
Nem pelear por muito pouco

A lição número um
Eu aprendi com meu pai
Quem não sabe pra onde vai,
Não vai a lugar nenhum

Nunca refuguei bolada
Se me tocam me apresento
E tenho a crina esfiapada
De galopear contra o vento

Do meu manancial de penas
Quase todas se extraviaram
Umas porque se agrandaram,
Outras por muito pequenas

Tive um antes e um depois
Quando me larguei a esmo
Decerto por isso mesmo
Os meus destinos são dois

Destinos de um índio incréu
Sobre um mesmo coração
Um que me prende no chão,
Me puxa pra o céu

Porém o que me arrebata
É o destino de xirú
Que em vez das pilchas de prata,
As garras de couro cru

Destinos - Live

I have a feeling you want me to sing
And when I sing, I get in the zone
I carry my roots within me
And I keep playing the rest

You can call me crazy.
But I have learned a lot from my losses.
Not to run on rocky roads
Or argue about very little

The lesson number one,
I have learned it from my father
He who does not know where he is going,
Will not get anywhere

I have never dodged a ball
If I am touched, I introduce myself.
And I have my mane ruffled
Of galloping against the wind

From my spring of feathers.
Almost all of them are lost.
Some because they have grown larger
Others because they were too small

I had a before and an after
When I let go of myself.
Surely for that reason
My destinations are two

Destinations of an unbelieving Indian
On the same heart.
One that knots me to the ground,
Pulling me to heaven

However, what takes me away,
Is the destiny of xirú.
That instead of silver pilchas
Has raw leather claws