Paroles et traduction Marcão Baixada feat. Léo da XIII - Bonde do Trem

Bonde do Trem

Dentro do trem, observo várias vidas
Sofridas, cansadas, guerreiras, porém esquecidas
No empurra-empurra, pra entrar no vagão
Que vai ficando mais cheio a cada estação
A disputa é constante pra se ter um espaço
Quem senta, acaba dormindo, vencido pelo cansaço
Pessoas entram e saem a todo instante
Estudante, trabalhador, vendedor ambulante
Skol latão, água mineral e bala Halls
Jornal Expresso, pra ficar por dentro do caos
O vagão tá lotado, e o presídio tambem
Mas tem que caber todo mundo dentro desse trem
Quem vem, quem vai, quem entra, quem fica, quem sai
Esse é o bonde do trem, que balança, mas não cai
Da estação Mesquita, Marcão MC
Direto do Dom Pedro II, vulgo Central-Japeri
De vários bairros, de várias cidades, de vários lugares
Partindo rumo ao Centro, ou pra Comendador Soares
Na hora da partida é aquela euforia
Geral exausto voltando pra periferia
Já faz parte do cotidiano
Bonde do trem, espírito suburbano
Daqui de dentro a poesia ganha forma
Observe atentamente o espaço entre o trem e a plataforma

Intensidade na mente, ninguém contente, é só
O trampo, enquanto acampo, meu inimigo maior
Considerações, piores possíveis
É só saber que quanto mais se aperta, a corda arrebenta sem nó
No olho do menor eu vejo a visão
Futuro? Um vencedor, ou não
Trabalhador do bom
Um pouco de ambição e um coração sonhador
Dentro do trem ou metrô, não importa o quanto calor que for
Se é necessário lutar, tem mais:
Acreditar, quem corre atrás nunca vai cansar
Rapaz, com 2 reais ou algum centavo
Compra refrigerante ou bala de mascavo
Trabalho escravo, na mão do Criança Esperança
A semelhança, vem no colo, com mais esperança
Desconfiança... e o futuro da gente
Trabalho, padrões, debaixo de um sol quente

Bonde do Trem

My dear, within the train, I watch several lives
Suffering, tired, warriors, but forgotten
In the pushing and shoving to get into the car
Which is getting more and more crowded at every station
The constant struggle to get some space
Those who sit down end up falling asleep, overcome by fatigue
People come and go all the time
Students, workers, street vendors
Skol beer, bottled water and Halls candies
Expresso newspaper to keep up with the chaos
The car is packed and so is the prison
But there has to be room for everyone on this train
Who comes, who goes, who gets on, who stays, who gets off
This is the "bonde do trem" that sways but doesn't fall
From Mesquita Station, Marcão MC
Straight from Dom Pedro II, aka Central-Japeri
From different neighborhoods, cities, and places
Heading to the center or to Comendador Soares
At departure time it's pure euphoria
Everyone exhausted going back to the outskirts
It's already part of the routine
"Bonde do trem," suburban spirit
In here, poetry takes shape
Pay close attention to the space between the train and the platform

The mind is racing, no one is content, that's all
I work hard, while I stay in the slums, my greatest enemy
The thoughts, the worst possible
Just know that the more you tighten the rope, the more it breaks without a knot
In the eyes of a child, I see the vision
The future? A winner or not
A good worker
A bit of ambition and a dreamer's heart
Inside the train or subway, no matter how hot it is
If you need to fight, there's more:
To believe, those who pursue will never tire
Young man, with 2 reais or a few cents
Buy a soda or some brown sugar candy
Slave labor, in the hands of "Criança Esperança"
The similarity comes in their laps, with more hope
Distrust... and our future
Work, standards, under a hot sun