paroles de chanson Maracatu de Cá pra Lá - Rapadura
Avise
a
todo
mundo
é
o
Chico
no
som
Pegue
a
zabumba
e
o
ganzá
pra
fazer
um
batuque
bom
Eu
meto
coração
nesse
fole
que
acolhe
o
carron
Menino
feito
do
chão
que
engole
a
terra
marrom
Pra
levar
esse
maracatu
que
foi
feito
pra
tu
Sanfona
com
pitú
mexe
inté
buraco
de
tatu
Estremece
Caruaru
inté
caber
no
urú
Ensino
o
seu
guru
a
soletrar
o
mandacaru
Faço
morto
dançar
em
festim
descabela
o
capim
Inté
entender
que
macaxeira
em
fim
é
o
mesmo
aipim
Desaprega
esses
pés
do
chão
e
torra
o
amendoim
Junta
o
calor
da
paixão
quando
forra
o
som
do
soim
Na
casa
farinha
o
arrasta
o
pé
do
sonho
se
fez
Pra
meus
cambito
suarem
com
a
fé
trazer
o
camponês
Pra
embolar
uma
alma
com
a
outra
e
assim
expor
a
nudez
Deixando
a
timidez,
sempre
embalado
por
marines
Rainha
do
xaxado
inspiração
pra
cabra
invocado
Pra
cabra
virado
que
abóia
o
gado
e
dança
em
roçado
Estrangeiro
fica
abestado
fica
aperreado
Tem
o
bucho
forrado
mais
num
sabe
o
que
é
o
bucho
suado
Rala
bucho
ninguém
fica
murcho
repuxo
o
suor
O
som
que
puxo
é
mais
do
que
luxo
ninguém
fica
só
Tá
bem
mió
garganta
não
dá
nó
pra
cantarolá
Maracatu
que
vai
de
cá
para
lá
Vá
batendo
o
zabumba
Que
eu
balanço
o
ganzá
Vamos
formar
um
batuque
Pro
povo
dançar
Maracatu,
do
lado
de
lá
Ô
coisa
boa
da
molesta
quem
tá
dentro
não
sai
Enfrenta
o
pau
de
arara,
a
estrada
por
mais
de
mil
léguas
Menina
nova
pra
entrar
despista
inté
o
pai
Quando
se
aprega
num
dá
trégua
o
lombo
enverga
arriégua
Nego
perde
o
rumo
de
casa
quando
quebra
o
jejum
Pisa
no
pé
de
todo
mundo
não
consegue
remar
Se
cachaça
fosse
água
o
sertão
era
um
mar
bebum
Eu
te
aconselho
a
largar
a
garrafa
e
se
animar
a
amar
Segure
na
cintura
desse
amor
Deixe
a
quentura
nordestina
te
abraçar
com
calor
Essa
é
a
mistura
formosura
criatura
em
labor
Não
tem
frescura
é
minha
doçura
que
traz
novo
sabor
Só
não
fale
mal
da
minha
terra
por
que
ai
não
deixo
Me
chamam
de
rapadura
sou
doce
mais
quebro
queixo
Trabalho
com
postura,
me
mexo
faço
sem
desleixo
Escritura
em
corte
costura
fecho
todo
esse
eixo
Vê
se
Segura
as
calças
por
que
o
batuque
é
assim
Bate
mais
forte
o
pilão
de
chiquim
bixim
não
tem
fim
E
Produz
o
meu
cuscuz
na
boca
de
pacajus
Misturo
garapa
e
mastruz,
mexo
inté
com
os
postes
de
luz
A
beira
mar
treme
as
canela
caatinga
ginga
de
saia
O
litoral
se
despingela
e
o
rural
arranca
a
cangaia
Junta
o
sertão
com
a
praia,
na
raia
ninguém
ataia
Ninguém
vaia,
é
a
mesma
laia,
debaixo
da
mesma
paia
Cada
um
pega
seu
par
é
bem
fácil
acompanhar
É
dois
prá
lá
é
dois
prá
cá
não
vai
dar
pra
apanhar
Só
não
vale
pisar
no
pé
muié
vai
inté
fazer
calo
Macho
aperta
a
percata
no
pé
cisca
mais
que
galo
É
pra
rodar
mais
que
espalha
brasa
peão
de
mão
Mais
alto
que
bicho
com
asa
acochando
o
pulmão
Vou
botar
o
som
pra
bombar
canção
que
sai
desse
lar
Maracatu
que
vai
de
cá
pra
lá
Há
muito
tempo
eu
quis
fazer
algo
real
regional
Algo
que
fosse
do
viver
crescer
o
calor
nacional
Não
ter
vergonha
do
que
sou
arrasto
o
pé
no
quintal
Nego
não
me
acompanha
na
dança
então
fala
mal
Não
preciso
cantar
besteira
pra
ninguém
se
mover
Cabra
se
mexe
por
que
entende
o
amor
que
faz
envolver
Sou
rapadura
xique
Chico
amigo
muito
prazer
O
meu
melhor
eu
vim
trazer
antes
de
ir-me
embora
vou
te
dizer
Fita
embolada
do
engenho
da
cultura
popular
É
rapadura
xique
Chico
aqui
fico
a
embolar
Fita
embolada
do
engenho
trazendo
algo
não
visto
Vai
fazendo
rapadura
na
boca
do
povo
misto
Enquanto
o
amor
popular
canta
o
falar
no
qual
existo
É
doce
mais
num
é
mole
engole
que
é
brasileira
E
remexe
mais
que
a
cintura
de
moça
namoradeira
É
eu
e
tu
e
tu
e
eu
quem
uniu
foi
deus
pra
vida
inteira
Descendo
a
ribanceira
ligeira
rima
junina
Faço
meu
maracatu
de
cá
prá
lá
na
lamparina
É
o
fogo
de
quem
se
acende
com
a
chama
de
quem
ensina
Embolando
mais
do
que
fio
desafio
cabra
da
peste
Se
embola
na
embolada
no
embolo
do
canto
agreste
Se
é
essa
a
terra
que
me
cobre
o
norte
nordeste
me
veste
Fita
embolada
do
engenho
da
cultura
popular
Cearense
cabra
da
peste
das
brenha
do
ceará
Rapadura
xique
Chico
aqui
fico
pelo
meu
lar
Norte
nordeste
me
veste
e
por
isso
não
vou
parar
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