Da Marca Antiga - Valdomiro Maicá traduction en anglais

Da Marca Antiga

A mãe bugra missioneira
É a história que me pariu
Na barranca deste rio
Numa taba de fronteira

Escolhi minha bandeira
E fiquei de sentinela
Com o sangue a meia costela
Desfraldando um estandarte
E me tornei o baluarte
Da pátria verde e amarela

Os anos foram passado
Fui domador e vaqueano
Fui pastor e miliciano
Cuidando a terra e peleando

E, ao mesmo tempo, empurrando
As linhas da geografia
Foi sempre a filosofia
Da história deste país
A cor de viver feliz
Que o gaúcho garantia

Nunca fui mais e nem menos
Nesta vida de patriadas
Curtido por muitas geadas
E amaciados de serenos

Vendo grandes e pequenos
Com o respeito frente a frente
Porque nasci independente
Desse pé fiz o meu santo
E esparramei o meu canto
Por todo este continente

Por isso é que não me calo
Dó que é meu ninguém se adona
A guitarra e a cordeona
Cadenciando o mesmo embalo

Sobre o lombo do cavalo
Dia e noite lança em riste
O homem que canta triste
Na pampa continentina
A matriz me discrimina
Mas sabe que a gente existe

Monarca deste hemisfério
Nunca gostei de tirano
Até andei por longos anos
Peleando contra o império

E permaneço gaudério
Todos sabem de onde vim
Sou o princípio e o fim
Dentro do meu próprio espaço
Se arrancam este pedaço
Não sobra nada sem mim

E se tudo evoluiu
Aqui no meu parapeito
Sigo exigindo respeito
À terra que me pariu

Bebendo no mesmo rio
Cantando a minha cantiga
Não há de faltar quem diga
Um dia quando eu me for
Que conheceu um cantor
Daqueles da marca antiga

Of the Old Brand

The bugra missionary mother
Is the story that gave birth to me
On the bank of this river
In a village on the border

I chose my flag
And I became a sentinel
With blood up to my waist
Unfurling a banner
And I became the bulwark
Of the green and yellow fatherland

The years passed
I was a tamer and a cowboy
I was a shepherd and a soldier
Taking care of the land and fighting

And, at the same time, pushing
The lines of geography
It was always the philosophy
Of the history of this country
The color of living happily
That the gaucho guaranteed

I was never more or less
In this life of conquests
Tanned by many frosts
And softened by serenades

Seeing the great and the small
With respect face to face
Because I was born independent
From that foot I made my saint
And I spread my song
Throughout this continent

That's why I don't shut up
My pain no one owns
The guitar and the accordion
Cadencing the same swing

On the horse's back
Day and night, lance at the ready
The man who sings sadly
In the continental pampas
The matrix discriminates against me
But knows that we exist

Monarch of this hemisphere
I never liked tyrants
I even spent many years
Fighting against the empire

And I remain a gaudério
Everyone knows where I come from
I am the beginning and the end
Within my own space
If they tear this piece away
Nothing is left without me

And if everything evolved
Here on my parapet
I continue to demand respect
For the land that gave birth to me

Drinking from the same river
Singing my song
There will be no shortage of those who say
One day when I'm gone
That he knew a singer
One of those of the old brand