Текст и перевод песни André Ramiro feat. Dudu Nobre - José Camelô

José Camelô

Desculpe incomodar a viajem de vocês
Boa noite passageiros na pobreza, sou mais um freguês
Não vim roubar ninguém, sou trabalhador
Meu nome é José, minha profissão é Camelô
Só peço um minuto, de sua atenção
Pra vender o meu produto aqui dentro do buzão
Trabalhando todo o dia, mas mantenho o alto astral
Vendo roupa na uruguaiana, vendo bala no sinal
Não tenho emprego fixo, nem carteira assinada
Mas tenho disposição e Deus me deu o dom da palavra
Estudar pra ser alguém? Fiz várias tentativas
Agora eu faço parte da sociedade alternativa
Não ganho férias, nem décimo terceiro
Trabalho o mês inteiro, o ano inteiro, faço o meu dinheiro
Pensa que é fácil? É foda meu camarada
às vezes o motorista fecha a porta na minha cara
O sal tá escaldante, queimando a minha mente
Bebo um guaravita, mato a fome com cachorro quente
Minha mãe vende cocada pra pagar o INSS
No camelódromo também vendo CD de rap
Na minha família é um trabalho hereditário
Não adianta o governo querer me fazer de otário
A situação tá preta, é cada dia mais difícil
Mas sigo no talento exercendo meu ofício

O povo me amando, magnatas me odiando
Camelô com orgulho, sou comerciante urbano
Me chamam de pirata, querem me fazer de bobo
Mas minha perna não é de pau e eu não uso tapa-olho!
O povo me amando, magnatas me odiando
Camelô com orgulho, sou comerciante urbano
Me chamam de pirata, querem me fazer de bobo
Mas minha perna não é de pau e eu não uso tapa-olho!

Bangu e em Campo Grande, Centro da Cidade, Madureira
Estou em toda a parte, claro, não tô de bobeira
Baixada Fluminense, na Lapa, em Nova Iguaçu
Vendendo nas areias das praias da Zona Sul
Na loja do shopping center é tudo muito mais caro
É só comprar comigo que é tudo bem mais barato
Querem me tirar das ruas para o "gringo" não me ver
Mas até o presidente já assistiu meu DVD
Na promoção é um real, pode vir que tem!
Estou nas estações e dentro do vagão do trem
Chega mais freguesa, chega mais rapaz
Meu produto é importado e veio lá do Paraguai
Pago meu imposto pro governo me escravizar
Mas ele não me da emprego e não me deixa trabalhar
Sou roubado, esculachado por guarda municipal
Abuso de poder, violência policial
Na TV vejo campanha contra a pirataria mas
No Supermercado o preço aumenta a cada dia
Dizem que o meu produto é prejudicial
Mas sou resultado da Desigualdade Social

O povo me amando, magnatas me odiando
Camelô com orgulho, sou comerciante urbano
Me chamam de pirata, querem me fazer de bobo
Mas minha perna não é de pau e eu não uso tapa-olho!
O povo me amando, magnatas me odiando
Camelô com orgulho, sou comerciante urbano
Me chamam de pirata, querem me fazer de bobo
Mas minha perna não é de pau e eu não uso tapa-olho!

José Camelô

Excuse me for interrupting your journey ladies
Good evening my passengers in poverty, I'm just another customer
I'm not here to rob anyone, I'm a worker
My name is José, my profession is Street Vendor
I just ask for a minute of your attention
To sell my product on this bus
Working all day, but I keep my spirits high
Selling clothes in Uruguaiana, selling candies at the traffic light
I don't have a steady job, or a signed contract
But I have motivation and God gave me the gift of gab
Studying to be someone? I've tried several times
Now I'm part of the alternative society
I don't get vacations, or a thirteenth salary
I work the whole month, the whole year, I make my own money
You think it's easy? It's hard my darling
Sometimes the driver closes the door in my face
The sun is scorching, burning my mind
I drink a guaravita, I kill my hunger with a hot dog
My mother sells coconut candy to pay for her social security
At the flea market I also sell rap CDs
In my family it's a hereditary job
The government can't play me for a fool
The situation is bad, it's getting harder every day
But I follow my talent exercising my trade

The people love me, the tycoons hate me
Street Vendor with pride, I'm an urban merchant
They call me a pirate, they want to make me look like an idiot
But my leg is not made of wood and I don't wear an eye patch!
The people love me, the tycoons hate me
Street Vendor with pride, I'm an urban merchant
They call me a pirate, they want to make me look like an idiot
But my leg is not made of wood and I don't wear an eye patch!

Bangu and in Campo Grande, City Center, Madureira
I'm everywhere, of course, I'm not messing around
Baixada Fluminense, in Lapa, in Nova Iguaçu
Selling on the sands of the beaches of the South Zone
In the shopping center store everything is much more expensive
Just buy from me, it's all much cheaper
They want to get me off the streets so the "gringo" won't see me
But even the president has already watched my DVD
On sale it's one real, come on, we have it!
I'm at the stations and inside the train car
Come on, ladies, come on, guys
My product is imported and came from Paraguay
I pay my taxes for the government to enslave me
But it doesn't give me a job and doesn't let me work
I'm robbed, harassed by municipal guards
Abuse of power, police violence
On TV I see a campaign against piracy but
At the supermarket the price goes up every day
They say my product is harmful
But I'm a result of Social Inequality

The people love me, the tycoons hate me
Street Vendor with pride, I'm an urban merchant
They call me a pirate, they want to make me look like an idiot
But my leg is not made of wood and I don't wear an eye patch!
The people love me, the tycoons hate me
Street Vendor with pride, I'm an urban merchant
They call me a pirate, they want to make me look like an idiot
But my leg is not made of wood and I don't wear an eye patch!