Текст и перевод песни Arnaldo Antunes - Itapuana

Itapuana

Quando o dia vem varando a alvorada
Antes mesmo de nascer a luz do sol
A beleza nunca é desperdiçada
Existe
Sozinha

Quando a água morna molha nossas pernas
E a areia massageia nossos pés
A beleza sempre é compartilhada
É sua
É minha

Nas manhãs de Itapuã que o vento varre
Os coqueiros já conhecem as canções
Repetidas ou
Repentinas vêm
Consolar o meu coração
As vontades vêm
As saudades vão
Amanhece mais um verão

No calor do sol o céu da boca salga
E o mar na alma acalma o caminhar
Pra que haja areia sal e água e alga
As ondas
Não voltam

Cada dia uma nova eternidade
Para sempre aquela pedra roncará
A aurora se transforma em fim de tarde
De novo
De novo

Quantos risos misturei ao som das águas
Quantas lágrimas de amor molhei no mar
No mais íntimo
Dos mais íntimos
Dos lugares desse lugar
Lugar público
Colo e útero
Amoroso de Yemanjá

Itapuana

When the day breaks the dawn
Before the sunlight even rises
Beauty is never wasted
Exists
Alone

When the warm water wets our legs
And the sand massages our feet
Beauty is always shared
Its yours
Its mine

In the mornings of Itapuã that the wind sweeps
The coconut trees already know the songs
Repeated or
The sudden ones come
To comfort my heart
The willing comes
The longing goes
Another summer dawns

In the heat of the sun, the roof of my mouth becomes salty
And the sea in my soul calms my walk
So that there is sand, salt, water and seaweed
The waves
Dont come back

Each day a new eternity
Forever that stone will roar
The aurora transforms into dusk
Again
Again

How many laughs I mixed with the sound of the waters
How many tears of love I wet in the sea
In the most intimate
Of the most intimate
Of the places of this place
Public place
Lap and womb
Loving of Yemanjá