Текст и перевод песни CLASSE CRUA feat. Rapadura - Relógio Marginal

Relógio Marginal

O mundo é um relógio
E o dinheiro é a mola que controla os relógios dessa vida

Relógio marginal
Vou sempre abrir o chapéu para a chuva do meu inverno
E vou sempre mostrar ao céu
Que tenho respostas p'ra um tempo incerto
Chama-lhe de masoquismo, porque eu cismo em ser um sismo
Sou do tempo em que ainda confundem niggas com aborígenes
Diz-me, porque me apontas o dedo se foi assim que eu fiz-me
Não paro nem que no lago seja o último cisne
Porque eu, merdas de medos e outros sinónimos (naa)
Só se for eu nos alcoólicos anónimos (sim)
Tenho que acalmar o meu fígado e neurónios
Quero viver muito tempo e assim não vivo os próximos
Tempos de Sol para me esticar como lagartos exóticos
Só para libertar os tóxicos, achas-me estranho
Fónix!
Estranhos são os góticos
Estranho é o governo e os seus códigos
E eu nem ando interessado em códigos
O Diário da Republica é 'pa Ovnis
Mandem-me ao chão que o meu cóxis
Sobe como elevadores da Otis
Não, não o sentimento não é platónico
É perfeitamente possível ter o feeling lá nos trópicos
Dou-te os tópicos, tu dá-me o demónios
Agora ando no sentido contrário face ao cronómetro
Tirei as pilhas do relógio
Os ponteiros já não brincam com os meus olhos

Todo o tempo em mim
Todo o tempo em mim
Todo o tempo em mim
Todo o tempo em mim

Latente em devaneios
Passeio entre ponteiros aos meios
Por entes alheios
Ventres e seus anseios
O sempre tem seus rodeios
Sempre rodopeia frentes
Tangentes inexistentes
Faz com que centre em bloqueios
Ausentes em transportes públicos cheios
Janelas que prendem suportes em rústicos seios
As horas se estendem, pouco me rendem
Me surpreendem, transcendem
E acendem suas mortes como únicos meios
Semeiam meus erros
Quando despejam-se os medos
Se beijam em segredos
Espelhos só golpeiam a esmo
Hoje é tão tarde e tão cedo
O amanhã nem abre os enredos
Mesmo covarde a idade invade
E já não me cabe o mesmo
Confuso com o fuso horário
Com o fuso diário
Confundo o inventário
Com o fundo precário
E com tudo tão caro
Com o mundo ao contrário
Mergulho no raso
Me inundo no vago
Profundo e tão raro
Seduzo o escuro no claro
Não conduzo o carro ao itinerário externo
Os cercos fecharam e os orvalhos gelaram no inverno
Que o amor paterno supra e desculpa o tráfego interno
Dirijo com essa culpa em mão dupla
Trânsito eterno
Mas nada é eterno
Nem cromossomos, nem como somos, nem como fomos
Como Khronos sou dono do que vem depois
Cronômetros, termômetros, no contratempo dos dois
Metrônomos me mandam ir hora pois
Pois o meu tempo já foi!

Todo o tempo em mim
Todo o tempo em mim
Todo o tempo em mim
Todo o tempo em mim

Quando o tempo quer gastar todo tempo em mim
Quanto tempo o tempo tem p'ra gastar em mim?
Eu não sei, eu não sei
Eu não sei, tempo rei!

Marginal Clock

The world is a clock
And money is the spring that controls the clocks of this life

Marginal clock
I will always open my hat to the rain of my winter
And I'll always show the sky
That I have answers for an uncertain time
Call it masochism, ' cause I want to be an earthquake
I'm from the time when they still confuse niggas with Aborigines
Tell me, why do you point the finger at me if that's how I made myself
I do not stop even if in the lake is the last Swan
Because I, shit fears and other synonyms (naa)
Only if it's me in Alcoholics Anonymous (yeah)
I have to calm my liver and neurons
I want to live a long time and so do not live the next
Sunny times to stretch like exotic lizards
Just to release the toxic, you think I'm weird
Phonix!
Strangers are the Goths
Strange is the government and its codes
And I'm not even interested in codes
The Daily Republic is ' pa UFOs
Send me to the ground that my tailbone
Rises as Otis lifts
No, no the feeling is not platonic
It is quite possible to have the feeling there in the tropics
I give you the threads, you give me the Demons
Now I walk in the opposite direction to the stopwatch
I took the batteries out of the watch
Pointers no longer play with my eyes

All the time in me
All the time in me
All the time in me
All the time in me

Latent in daydreams
Ride between pointers to the media
By others
Wombs and their longings
The always has its rodeos
Always swirls fronts
Non-existent tangents
Causes it to focus on blockages
Absent on crowded public transport
Windows holding brackets in rustic Sills
The hours stretch, little yield to me
They surprise me, they transcend
And ignite their deaths as the only means
Sow my mistakes
When fears are evicted
Kissing in secret
Mirrors only strike haphazardly
Today is so late and so early
Tomorrow does not even open the plots
Even cowardly age invades
And it's not the same for me anymore
Confused by the time zone
With the Daily spindle
Confusing the inventory
With the precarious bottom
And with everything so expensive
With the world in reverse
Shallow diving
I Flood not vague
Deep and so rare
Seducing the dark in the light
I don't drive the car on the external route
The sieges closed and the dews froze in winter
That paternal love supra and excuse internal traffic
I drive with this guilt in a two-way
Eternal transit
But nothing is eternal
Neither chromosomes, nor how we are, nor how we were
As Khronos I own what comes next
Chronometers, thermometers, in the setback of the two
Metronomes tell me to go time for
For my time is gone!

All the time in me
All the time in me
All the time in me
All the time in me

When time wants to spend all the time on me
How much time do you have to spend on me?
I don't know, I don't know
I don't know, King time!