Текст и перевод песни Chico Buarque - O que será (À flor da terra)

O que será (À flor da terra)

O que será, que será?

Que andam suspirando pelas alcovas
Que andam sussurrando em versos e trovas
Que andam combinando no breu das tocas
Que anda nas cabeças, anda nas bocas

Que andam acendendo velas nos becos
Que estão falando alto pelos botecos
E gritam nos mercados, que com certeza
Está na natureza, será que será

O que não tem certeza, nem nunca terá
O que não tem conserto, nem nunca terá
O que não tem tamanho

O que será, que será?

Que vive nas ideias desses amantes
Que cantam os poetas mais delirantes
Que juram os profetas embriagados
Que está na romaria dos mutilados

Que está na fantasia dos infelizes
Está no dia-a-dia das meretrizes
No plano dos bandidos, dos desvalidos
Em todos os sentidos, será que será

O que não tem decência, nem nunca terá
O que não tem censura, nem nunca terá
O que não faz sentido

O que será, que será?

Que todos os avisos não vão evitar
Porque todos os risos vão desafiar
Porque todos os sinos irão repicar
Porque todos os hinos irão consagrar

E todos os meninos vão desembestar
E todos os destinos irão se encontrar
E mesmo o padre eterno (que nunca foi lá)
Olhando aquele inferno, vai abençoar

O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem juízo

O que será, que será?

Que todos os avisos não vão evitar
Porque todos os risos vão desafiar
Porque todos os sinos irão repicar
Porque todos os hinos irão consagrar

E todos os meninos vão desembestar
E todos os destinos irão se encontrar
E mesmo padre eterno que nunca foi lá
Olhando aquele inferno, vai abençoar

O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem juízo

What Will It Be (In the Flower of the Earth)

What will it be, what will it be?

That they are sighing in the alcoves
That they are whispering in verses and trovas
That they are planning in the darkness of the dens
That is on the heads, is on the mouths

That they are lighting candles in the alleys
That they are talking loudly in the bars
And they shout in the markets that for sure
It's in nature, could it be, could it be

That which is not sure, and never will be
That which has no fix, and never will have
That which has no size

What will it be, what will it be?

That lives in the ideas of these lovers
That the most delirious poets sing
That the drunken prophets swear
That is in the pilgrimage of the mutilated

That is in the fantasy of the unhappy
Is in the day-to-day of the harlots
In the plan of the bandits, of the homeless
In every sense, could it be, could it be

That which has no decency, and never will have
That which has no censorship, and never will have
That which makes no sense

What will it be, what will it be?

That all the warnings will not prevent
Because all the laughter will defy
Because all the bells will ring
Because all the hymns will consecrate

And all the boys will rush out
And all the destinies will meet
And even the eternal father (who was never there)
Looking at that hell, will bless

That which has no government, and never will have
That which has no shame, and never will have
That which has no judgment

What will it be, what will it be?

That all the warnings will not prevent
Because all the laughter will defy
Because all the bells will ring
Because all the hymns will consecrate

And all the boys will rush out
And all the destinies will meet
And even the eternal father who was never there
Looking at that hell, will bless

That which has no government, and never will have
That which has no shame, and never will have
That which has no judgment