Текст и перевод песни Clara Nunes - Sagarana

Sagarana

A ver, no em-sido
Pelos campos-claro: estórias
Se deu passado esse caso
Vivência é memórias

Nos gerais
A honra é que é que se apraz
Cada quão
Sabia a sua distrição

Vai que foi sobre
Esse era-uma-vez, 'sas passagens
Em beira-riacho
Morava o casal: personagens

Personagens, personagens
A mulher
Tinha o morenês que se quer
Verdeolhar
Dos verdes do verde invejar

Dentro lá deles
Diz que existia outro gerais
Quem o qual, dono seu
Esse era erroso, no à-ponto-de ser feliz demais
Ao que a vida, no bem e no mal dividida
Um dia ela dá o que paltou... ô, ô, ô...

É buriti, buritizais
É o batuque corrido dos gerais
É buriti, buritizais
É o batuque corrido dos gerais

O que aprendi, o que aprenderás
Que nas veredas por em redor sagarana
Uma coisa é o alto bom-buriti
Outra coisa é o buritirana

A pois que houve
No tempo das luas bonitas
Um moço êveio: viola enfeitada de fitas
Vinha atrás, de uns dias pra descanso e paz
Galardão: mississo-redó, falanfão

No que se abanque
Que ele deu nos 'óio, o verdêjo
Foi se afogando
Pensou que foi mar, foi desejo
Foi desejo
Foi desejo

Era ardor, doidava de verde o verdor
E o rapaz quis logo querer os gerais
E a dona deles: que sim, que ela disse verdeal

Quem o qual, dono seu
Vendo as olhâncias, no avôo virou bicho-animal
Cresceu nas facas, o moço ficou sem ser macho
E a moça sem verde ficou... ô, ô, ô...

É buriti, buritizais
É o batuque corrido dos gerais
É buriti, buritizais
É o batuque corrido dos gerais

O que aprendi, o que aprenderás
Que nas veredas por em redor sagarana
Uma coisa é o alto bom-buriti
Outra coisa é o buritirana

Quem quiser que cante outra
Mas à moda dos gerais
Buriti: rei das veredas
Guimarães: buritizais!

Guimarães: buritizais!
Guimarães: buritizais!

Sagarana

Oh, listen up, my love
In these bright fields, stories thrive
A bygone tale, it still lives
Memories that time cannot hide

In the wilderness vast
Where honor reigns, it shall last
Each soul, their own path they tread
With dignity and distinction spread

In this realm of legend and lore
A tale unfolds, forevermore
By the river's gentle flow
A couple lived, their story to show

Characters, characters, oh so grand
The woman fair
Her beauty, a sight beyond compare
Emerald eyes
That sparkled with life, a radiant prize

Within their hearts, a realm apart
Another wilderness, where love would start
The master there, a man complete
Bound by love, their happiness sweet
But life's tapestry, with joy and strife entwined
One day, a loss they had to find... oh, oh, oh...

Oh, palm trees tall, a verdant delight
The drums beat loud, in the wilderness's night
Oh, palm trees tall, a verdant delight
The drums beat loud, in the wilderness's night

What I've learned, and what you shall know
In Sagarana's trails, where legends grow
The lofty palm, a majestic sight
Unlike the lowlier, less in height

In days of yore
When the moon shone bright
A young man came, his guitar a sweet delight
Seeking solace and peace, he wished to roam
A traveler's heart, forever his home

As he settled in
His eyes beheld the verdant hue
A sense of wonder, as if he knew
Was it ocean's call, or love's embrace so true?
It was desire
It was desire

Passion ignited, green entwined with grace
And the young man yearned to own this place
The mistress of the realm, with a heart so bright

The master there, a jealous soul
His gaze grew fierce, his blood began to roll
With blades drawn, the young man's dreams were undone
And the maiden's heart was lost, her spirit gone... oh, oh, oh...

Oh, palm trees tall, a verdant delight
The drums beat loud, in the wilderness's night
Oh, palm trees tall, a verdant delight
The drums beat loud, in the wilderness's night

What I've learned, and what you shall know
In Sagarana's trails, where legends grow
The lofty palm, a majestic sight
Unlike the lowlier, less in height

Let others sing as they may
Of this tale, in the wilderness's sway
The palm, king of trails, so grand
Guimarães, the master's hand!

Guimarães' Sagarana fair
Guimarães' Sagarana fair