Текст и перевод песни Clara Nunes - Zambele

Zambele

Ô Zambelê, pomba branca voou, caiu n'areia. Água clara molhou mas secou na lua cheia.
Ja vi coisas neste mundo que não deu no meu olhar.
Mas eu tenho o peito fundo, quero é tempo pra contar,
Pra contar.
Vou contar pra quem não sabe, que o passado nunca
Encerra.
A maior distância cabe em sete palmos de terra, de
Terra.
A saudade quando cansa, de ficar presa na mão, vira a
Dor de uma esperança, que não dá no coração, coração.
Ô Zambelê, Zambelê partiu pensando no caminho de
Voltar.
Mas o mundo foi rodando, e parou noutro lugar, lugar.
Veio o dia, veio a noite, a luz do sol virou luar, e
Nos olhos de Maria a tristeza foi rezar, rezar.
Maria na beira da praia, viu a saudade chegar, o mar
Molhando a saia, os olhos molhando o mar, o mar, o
Mar, o mar, o mar, o mar, o mar, o mar, o mar.
Ô Zambelê, pomba branca voou, caiu n'areia. Água clara molhou mas secou na lua cheia

Zambele

Oh Zambelê, a white dove flew and fell upon the sand. Clear water wetted it, but it dried under the full moon.
I have seen things in this world that have escaped my gaze.
But I have a deep chest, I want time to tell,
To tell.
I will tell those who do not know, that the past never
Ends.
The greatest distance fits in seven spans of earth, of
Earth.
When longing tires, of being held in the hand, it turns into
The pain of a hope, that does not reach the heart, heart.
Oh Zambelê, Zambelê left thinking of the way to
Return.
But the world kept turning, and stopped in another place, place.
Day came, night came, the sunlight turned into moonlight, and
In Maria's eyes, sadness turned into prayer, prayer.
Maria on the edge of the beach, saw longing arrive, the sea
Soaking her skirt, her eyes soaking the sea, the sea, the
Sea, the sea, the sea, the sea, the sea, the sea, the sea.
Oh Zambelê, a white dove flew and fell upon the sand. Clear water wetted it, but it dried under the full moon.