Текст и перевод песни Criolo feat. Síntese - Plano de Voo

Plano de Voo

E por mais que eu tente explicar
Não consigo te tornar concreto o abstrato que só eu sinto
É como se eu ficasse aqui nesse cantinho
Vendo o mundo girar num erro abusivo

Ambulância sem maca, Caravan Diplomata
Golzin rebaixado, Orbital 17 de tala larga
Zé Povinho é a praga, bicho da seda não é a traça
Traça é quem quer a seda e ao bicho da seda maltrata

Golpe de bumerangue, não é Tang
Cada coração é um universo e ainda tem que bombar o sangue
De cada mente pensante desse meu país insano
Num barraco de favela, fermentar sonho com pranto

Do monstro que se constrói com ódio e rancor
A cada gota de bondade uma de maldade se dissipou
Várias fitas, eis uma definição pra vida
Dos mistérios da Ilíada, daí segredo: a biqueira é forquilha

O gostoso do inverno, tio, é fazer rolê sem passar frio
A mão, a mente, o gatilho, a favela chora seus filhos
Sem GPS pra vitória, cada um faz seu destino

A vida é ritual, parto
No meio do mundo, a sós num laudo intenso
Denso contraste do firmamento ao asfalto
Plana alto até pousar na carne e flertar com o veneno
Que espanca uma mente fraca e arranca essas mão do remo

Mesmo buscando o pleno, tantos erros ao transcender
Há um jogo pra abdicar e um fogo pra acender
Aponto as sobras de amor pra extinguir o medo das cobras
E envio cedo as palavras pra não ser tarde pras obras

Ao justo, a sábia sorte que não leva a alma ao norte
Quando fraco que és forte, tudo aponta o norte
Quando se pode enxergar além do que se vê, amplitude
Virtude vital já que o mal nessa paisagem ilude

Distante como um vizinho, te lembro do ninho
Onde o amor expresso é chaga viva e o gesto é mais que o pergaminho
Fome e que todo vento ardente soa ao descobrir
A natureza da centelha divina que existe em si

Desato o nó da cama, enterro a discórdia na brasa
Rebato os peito de bronze por trás das barra de aço
Se renda, entenda o que ataca, a cegueira amola a faca
Da má lida com a existência, faz a luz da essência opaca

E nas crianças o brilho tá, olho lá que é pra enxergar
Agregar o meu viver o que devemos preservar
Rumo ao amo, não importa qual caminho trilhe
Não se incline, sonho que se sonha junto é o maior louvor

Flight plan

And as much as I try to explain
I can't make you concrete the abstract that only I feel
It's like I'm standing here in this little corner
Watching the world go round in an abusive mistake

Ambulance without stretcher, diplomat Caravan
Golzin relegated, Round 17
Zé Povinho is the plague, Silkworm is not the moth
Moth is who wants the silk and The Silkworm mistreats

Boomerang blow, it's not Tang
Every heart is a universe and still has to pump the blood
Of every thinking mind in this insane country of mine
In a slum Shack, ferment dream with weeping

Of the monster that builds with hate and rancor
With every drop of goodness one of evil dissipated
Several tapes, Here's a definition for life
Of the mysteries of The Iliad, hence secret: the Toe is Pitchfork

The good thing about winter, uncle, is to make rolls without getting cold
The hand, the mind, the trigger, the slum cries its children
Without GPS for victory, everyone makes their destiny

Life is ritual, childbirth
In the middle of the world, alone in an intense report
Dense contrast of Firmament to asphalt
Flat high until you land on the flesh and flirt with the poison
That beats a weak mind and tears These Hands from the OAR

Even seeking the full, so many mistakes to transcend
There's a game to give up and a fire to light
I point the leftovers of love to extinguish the fear of snakes
And I send the words early so as not to be late for works

To the just, the wise luck that does not lead the soul to the North
When weak you're strong, everything points north
When you can see beyond what you see, breadth
Vital virtue since evil in this landscape eludes

Distant as a neighbor, I remind you of the nest
Where the love expressed is a living wound and the gesture is more than the scroll
Hunger and that every burning wind sounds to discover
The nature of the divine spark that exists in you

I untie the knot from the bed, bury the discord in the ember
Rebounding brass chests behind steel bars
Surrender, understand what strikes, blindness sharpens the knife
From evil copes with existence, makes the light of the opaque essence

And in children the brightness is there, look there that is to see
Aggregate my living what we must preserve
Towards love, no matter which way I walk
Do not lean, dream that one dreams together is the highest praise