Текст и перевод песни Daíra - Jornal Blues ou Canção Leve de Escárnio e Maldizer

Jornal Blues ou Canção Leve de Escárnio e Maldizer

Nesta terra de doutores, magníficos reitores
Leva-se a sério a comédia
A musa-pomba do Espírito Santo e não o bem comum
Inspiram o bispo e o governante

Velhos católicos, políticos jovens
Senhoras de idade média
Sem pecado abaixo do Equador
Fazem falta e inveja ao inferno de Dante

Tão comum atirar-se daqui
Qualquer coisa que eu também tiraria o chapéu à vontade
Aos cidadãos respeitáveis
Donos de nossas vidas, pais e patrões do país

Mas em vez tiro o lenço
Não para enxugar, portuguesmente, a saudade
Mas pra saudar num ciao
Quem me expulsa de casa
Dar um viva, excelência, e tapar meu nariz, uoh

Não, eu não quero contar vantagem
Mas eu já passei fome, com muita elegância
E uns caras estranhos, ordens superiores
Já invadiram minha casa, mas com muito respeito

Diabo de profissão
Ganhar com o suor do rosto o bendito pão
E o gim das crianças
Noblesse oblige
Eu talvez seja o cara que você ama odiar
Inimigo do peito

Cá em casa quem morre se torna querido
Tido e havido, por justo e inocente
Mas pode ir tirando o cavalinho da chuva, meu querido
Que eu não vou nessa de morrer, só para agradar vocês

Aluno mal comportado
Pela regra da escola, devo ser reprovado, sumariamente
Mas não faz mal, deixo os louros ao poeta
Lauras é o que me importa
Quero o meu dinheiro no fim do mês, uoh

Mas que poeta idiota, canções tão tocantes
Dão sempre uma nota raramente vulgar
Atentado à moral e aos bons costumes
Lapido diamantes, não falsos brilhantes

Que te elegante, que te mente, elegantemente
Oh, abre alas, oh, abre alas que eu quero passar
There′s no business, like soul business
There's no political solution, meus caros estudantes

Oh, tá todo mundo comido, lavado, passado, bronzeado
Ora, muito obrigado
Só eu não venço na vida, não ganho dinheiro
Não pego mulheres, não faço sucesso

O velho blues me disse que, ateu como eu
Devo manter os modos e o estilo, réu confesso
Eles vão para a glória, sem passar pela cama
Ou Jesus não me ama
Ou não entendo nada do riscado, uoh

Não, não toques esse disco, não toques esse disco
Não me beijes, por favor
Meu professor de filosofia
Já dizia que eu viveria pra sempre adolescente

Hoje, qualquer mulher, assim, que me abandona
Já me tem por durão, mesmo sabendo que mente
Desculpem, mas Infelizmente eu não sou à prova de som
Nem de amor, de amor, de amor, de amor, de amor
De amor, de amor, de amor, de amor

Journal Blues or Canção Leve de Escárnio e Maldizer

In this land of doctors, magnificent rectors
Comedy is taken seriously
The dove-muse of the Holy Spirit and not the common good
Inspire the bishop and the governor

Old Catholics, young politicians
Middle-aged ladies
Without sin below the Equator
They are missed and envied in Dante's hell

It's so common to throw oneself off here
Anything I would also tip my hat to
To the respectable citizens
Owners of our lives, fathers and masters of the country

But instead I take out my handkerchief
Not to wipe away, as is typically Portuguese, the longing
But to say ciao
To those who expel me from home
To give a cheer, Your Excellency, and cover my nose

No, I don't want to brag
But I have gone hungry, with a lot of grace
And some strange guys, superiors' orders
Have already invaded my home, but with much respect

Profession: devil
Earning the holy bread with the sweat of your brow
And gin for the children
Noblesse oblige
I might be the guy you love to hate
Enemy of the chest

Here at home, those who die become dear
Held and had, as just and innocent
But you can stop beating around the bush, my dear
Because I'm not going to die just to please you

Misbehaving student
By the school rules, I should be flunked, summarily
But it's okay, I leave the laurels to the poet
Laurels are what matter to me
I want my money at the end of the month

But what an idiot poet, such touching songs
They always hit a note that's rarely vulgar
An attack on morality and good behavior
Ipolish diamonds, not fake brilliants

How elegant, how intelligent, how graceful
Oh, make way, make way, so I can get by
There's no business like soul business
There's no political solution, my dear students

Oh, everyone is well-fed, washed, ironed, tanned
Well, thank you very much
Only I don't succeed in life, I don't make money
I don't pick up women, I don't have success

The old blues told me that, as an atheist like me
I should keep my manners and style, confessed defendant
They go to glory without going through bed
Or Jesus doesn't love me
Or I don't understand anything about risk

No, don't play that record, don't play that record
Don't kiss me, please
My philosophy teacher
Already said that I would live as an adolescent forever

Today, any woman who leaves me
Already has me for a tough guy, even though she knows it's a lie
Excuse me, but unfortunately I'm not soundproof
Nor love-proof, love-proof, love-proof, love-proof, love-proof
Love-proof, love-proof, love-proof, love-proof