Текст и перевод песни E.Se - Estocolmo (feat. João Tamura & Wake Up Sleep)

Estocolmo (feat. João Tamura & Wake Up Sleep)

Andas arrastado nesse coma
Um espectro dos demais vais na onda
A corrente dos mortais não tem folga
Crês em rituais, vives moda
Refém desse Estocolmo que te amolga
Já nem imaginas outra forma
No fundo imaginar nem dá corda
Num barco de um sentido é só Concordia
Chegas ao outro lado do quadrado
Lançado como um dado, toda a face é sentença
Outra volta nesse arco, gira à roda como um rato
O melhor desse habitat é recompensa
O ombro tá cansado desse fardo bem pesado
Mas postura desse Atlas é lema
Farto vens esgotado, é que os sonhos não dão basto
9 as 7 vens exausto mas tens pão na mesa

A questão é se estás disposto a fazer a mais esse esforço
A rotação desse torso não te quebra
O balanço do meu corpo, sinto os membros em esforço
Nada fundo nesse poço para ver terra
Só tento mostrar que a libertação
É de ti para os outros nessa direcção
Então faz mais, lê mais, pensamentos primais
Larga o robotismo, vandaliza-me esses murais
Sê mais, vê mais, influências fulcrais
Afasta o pragmatismo por impulsos sensoriais
Sente o balanço com que avanço, lanço o canto nesse pranto
Sonso dou-te o meu manto, chance quer-la por quanto
Sangue eu dou-te sem espanto
Trago a luz ao semblante
Entorno a fonte a montante
Do meu crânio pro teu peito

Tu estás preso ao Estocolmo dessa vida
Ao mau trato da rotina
O imediato é que cativa

Partir para o Vietname ou Vientiane
Inseguro: para onde vamos? Ao fugir não fiz planos
Nada é belo como dantes: no meu prédio, vil humanos
Sufocos? Vi tantos
Loucos gigantes
Foço de mil prantos. Não danço nem descanso, todos somos distantes
24 sobre sempre: mais peso sobre o corpo, mais preso sofro o dobro
Em busca do desconforto desde novo
Sempre quis pisar Estocolmo - e este pisa-me o pescoço
Todos somos sós. Hoje quantos como nós
Num trabalho tão ingrato que não define aquilo que somos
Não pagas minha voz... queres apagar minha voz
Se eu não sou livre vivo como? Corro e morro atrás de Cronos
Enquanto houver bagagens, há viagem
Perder a vida inteira a ser mal pago por chamadas
Ama tanto cada nada
Em busca de algo mais numa vida por camadas
O tempo passa e hoje tantos anos temos
Tão só em casa penso em quantos danos vemos
Em busca de algo puro - a fugir do fosso, vê-me
No limbo entre o futuro que quero e o que posso ter

Tu estás preso ao Estocolmo dessa vida
Ao mau trato da rotina
O imediato é que cativa

Stockholm (feat. João Tamura & Wake Up Sleep)

You're dragging yourself through this coma
A ghost among the others, you ride the wave
The current of mortals has no break
You believe in rituals, you live fashion
Hostage to this Stockholm that crushes you
You can't even imagine another way
Deep down, imagining doesn't even give you a string
On a one-way boat, it's just Concordia
You reach the other side of the square
Thrown like a dice, every face is a sentence
Another turn in this arc, you spin like a rat on a wheel
The best thing about this habitat is the reward
Your shoulder is tired of this heavy burden
But the posture of this Atlas is the motto
You come exhausted, it's because dreams aren't enough
9 to 7 you come exhausted but you have bread on the table

The question is, are you willing to put in one more effort?
The rotation of this torso doesn't break you
The swing of my body, I feel my limbs straining
Nothing deep in this well to see the earth
I just try to show that liberation
Is from you to others in this direction
So do more, read more, primal thoughts
Drop the roboticism, vandalize those murals for me
Be more, see more, crucial influences
Push away pragmatism for sensory impulses
Feel the sway with which I advance, I throw the song into this cry
Silly, I give you my cloak, you want to take the chance for how long
Blood, I give you without a fuss
I bring light to your face
I surround the source upstream
From my skull to your chest

You are trapped in the Stockholm of this life
To the mistreatment of routine
The immediate is what captivates

Leave for Vietnam or Vientiane
Insecure: where are we going? Running away, I didn't make any plans
Nothing is beautiful like before: in my building, vile humans
Choking? I saw so many
Crazy giants
Pit of a thousand cries. I don't dance or rest, we are all distant
24 over always: more weight on the body, I suffer twice as much while more tied
In search of discomfort since I was young
Always wanted to step on Stockholm - and it steps on my neck
We are all alone. Today how many like us
In a job so thankless that it doesn't define who we are
You don't pay for my voice... you want to erase my voice
If I am not free, how do I live? I run and die after Cronos
As long as there is baggage, there is a journey
To waste your whole life being poorly paid for calls
Love so much each nothing
In search of something more in a life in layers
Time passes and today we have so many years
Only at home I think about how much damage we see
In search of something pure - running away from the pit, see me
In limbo between the future I want and what I can have

You are trapped in the Stockholm of this life
To the mistreatment of routine
The immediate is what captivates