Текст и перевод песни Eduh - Era de Ouro (feat. AN & O Bardo)

Era de Ouro (feat. AN & O Bardo)

Gravem, seremos clássicos como Sinatra
Nossa história é dirigida por Frank Capra
Roteirista é Shakespeare
Então a história é trágica

Eu passei em Okinawa
Culminou em lágrimas
Naquela jardim de palavras

Assim o imaginário se constrói, corrói
Entendam, culpem Tolstói
Por me fazer me enxergar em seus personagens
Foi por um breve momento
Mas tive um vislumbre da verdade

Sou saudosista mas pertenço à modernidade
Todavia não me compare
Com esses jovens perdidos
Em pornografia em ansiedade

É, eu liguei para o Neto
Tenho de ser sincero
Odeio tudo isso
Ainda persevero

Repito, eu persisto
Será que é correto?
Eu devo fugir disso
Algumas delas me veneram
E isso é demoníaco

As frustrações deixaram-me
Bem mais severo, bem mais severo
Alô, Moabe, tu sabe
Tu é meu irmão de verdade
Foda-se o mundo moderno
Não vivo minha fé pela metade

Domingo, churrasco
Olavo, dia Santo
Pelada, cerveja
Mulheres tagarelando
Crianças, Berettas
Homens atirando
E nossa única certeza
É que morreremos lutando

Apesar dos pesares
Parei de pesar todos os males
O frio empalidece a minha carne
Mais mortal que a peste

Aplico Júlio Verne
A crer na alma que fede
Eu me julgo verme
E não suporto o meu cheiro

Observo e percebo
Que as folhas continuam caindo
Que os rios continuam fluindo
Seguem os seus destinos

E eu seguirei o meu
Mesmo que precise
Prender Galileu
E ser mais mortal que a peste

Teme quem deve
Ao Sangue do Cordeiro
Serei o coveiro
De Evas em pele de Maria

Espero o beijo imaculado
Da Virgem Pia, sou a cama fria
Que aguarda e vigia
O calor da cernia

Na noite de volúpia
Que gera, multiplica

E sofrerei até que a sorte
Deseje, enfim, me encontrar
E sofrerei até que a morte
Deseje, enfim, me encontrar

E sofrerei até que a morte
Deseje, enfim, me encontrar
E sofrerei até que a sorte
Deseje, enfim, me encontrar

Acicates são atalhos
Às limítrofes do abismo
Pois o couro é caudatário
Ao escuro, duro

Desfiguro o mundo
Taciturno, uno como aluno
Do Mestre dos mestres

Pai do trigo, Forja da
Espada descida do Céu
Provei o fel, assim
Procuro o mel

Domingo, churrasco
Olavo, dia Santo
Pelada, cerveja
Mães tagarelando
Crianças, Berettas
Amigos atirando

Nossa única certeza?
Morreremos lutando

The Golden Era (feat. AN & O Bardo)

Hear me, my darling, we'll be classics like Sinatra
Our story's directed by Frank Capra
Our screenwriter's Shakespeare
So our tale's a heartbreaking affair

I've been through my own Okinawa
It culminated in tears,
Amidst that garden of words.

So the imaginary world's built, it decays,
Understand, blame Tolstoy
For making me see myself in his characters
It was just for a moment,
But I glimpsed the truth.

I'm a sentimental fool, but I belong to the modern age
Yet don't compare me,
Darling, to these lost kids
Drowning in porn and anxiety

Yes, I called Neto,
I had to be honest,
I hate all this
But I still carry on

I repeat, my love, I persevere,
But is it right?
I should run from this,
Some of them worship me,
And that's demonic.

My frustrations have made me
Much more severe, much more severe
Hello, Moabe, you know
You're my true brother,
To hell with the modern world
I won't live my faith by halves.

Sunday, barbecue
Olavo, holy day
Soccer, beer
Women chattering
Children, Berettas
Men shooting
And our only certainty
Is that we'll die fighting.

Despite all the sorrows
I've stopped weighing all the ills
The cold chills my flesh
More deadly than the plague

I apply Jules Verne
To believe in the soul that stinks,
I judge myself a worm
And I can't stand my own smell.

I observe and perceive
That the leaves continue to fall
That the rivers continue to flow
Following their destinies

And I will follow mine
Even if I have to
Imprison Galileo
And be more deadly than the plague.

Fear who you must
Of the Blood of the Lamb
I will be the gravedigger
Of Eves in Mary's skin.

I await the immaculate kiss
Of the Pious Virgin, I am the cold bed
That waits and watches
For the warmth of the doe

In the night of voluptuousness
That generates, multiplies

And I will suffer until luck
Desires, finally, to find me
And I will suffer until death
Desires, finally, to meet me.

And I will suffer until death
Desires, finally, to find me
And I will suffer until luck
Desires, finally, to meet me.

Spurs are shortcuts
To the edges of the abyss
For the leather is the follower
To the dark, tough

I disfigure the world
Taciturn, united as a pupil
Of the Master of Masters.

Father of wheat, Forge of the
Sword descended from Heaven
I tasted the gall, so
I seek the honey.

Sunday, barbecue
Olavo, holy day
Soccer, beer
Mothers chattering
Children, Berettas
Friends shooting

Our only certainty?
We will die fighting.