Текст и перевод песни Falcão - Prodologicadamente

Prodologicadamente

Um dia, eu estava sonhando
Dormindo, é claro!
E nesse dito sonho, eu estava acordado
E fazendo um acabamento fornicativo
De cunho íntimo com uma criatura vizinha minha

De repente, lá no sonho, chegou o marido da sujeita
Houve então um desconforto, uma discussão
Um é num é, um foi num foi
Um terei tei tei, um estampido

E lá estava eu na porta do céu
São Pedro então disse
Apesar do seu passado pregresso
Eu nada tenho contra você, meu filho
Porém, seu lugar é mais embaixo, pegue o beco!

E eu, sem mais delongas
Rumei para o inferno
Em lá chegando, encostado no portal
Estava um cãozão, bicho envocado
E chupando manga, ó!

Me olhou de cima a baixo e falou
É verdade, eu estava lhe esperando!
E de antemão, quero declarar que sou seu fã
Eu sou seu admirador, tenho todos seus LPs

E, nessa prerrogativa, gostaria de saber
Em que é que pensas tu?
E eu, usando de todo leruaite filosófico
Do poeta Zé Limeira falei

Eu penso nos arribanos, prozotiletascoteia
Postomococasmulambo, nos progi das galiléias
Eu penso até no trulizo, no óbus das periférias
No chuá das contilíneas, no chomotó das matérias
Na grota do zé luás, nas mimozas deletérias

Nas palacanas do mundo, nas grinfas do Zé Tifon
Quelesdumeditabundo, castrapolicalifon
E meu nome é Falcão, cantor de força vulcânica
Prodológicadamente, cantor sem nenhuma pânica
Só não pode apreciar-me
Pessoa sem vergonhônica

O cão então, caiu num choro de cortar coração
Aí eu aproveitei e me acordei
Que eu não sou besta de ficar no inferno

Prodologicadamente

One day, I was dreaming
Sleeping, of course!
And in this said dream, I was awake
And doing a fornicative finish
Of an intimate nature with a creature who lived near me

Suddenly, there in the dream, the woman's husband arrived
Then there was discomfort, an argument
A yes, a no, a yes, a no
A bang, a bang, a bang

And there I was at the door of heaven
Saint Peter then said
Despite your past
I have nothing against you, my son
But your place is further down, take the alley!

And I, without further ado
Made my way to hell
Upon arriving there, leaning against the portal
There was a big dog, a cursed beast
And sucking on mango, oh!

He looked me up and down and said
It's true, I was waiting for you!
And in advance, I want to declare that I'm your fan
I'm your admirer, I have all your LPs

And, in this prerogative, I would like to know
What are you thinking about?
And I, using all the philosophical leruaite
Of the poet Zé Limeira I spoke

I think about the arribanos, prozotiletascoteia
Postomococasmulambo, the progi of the Galileans
I even think about the trulizo, the óbus of the peripheries
The chuá of the contilíneas, the chomotó of the matters
In the grotto of Zé Luás, in the deleterious mimosas

In the palacanas of the world, in the claws of Zé Tifon
Quelesdumeditabundo, castrapolicalifon
And my name is Falcão, a singer of volcanic force
Prodológicadamente, a singer without any panic
You can't appreciate me
Shameless person

The dog then burst into tears that would break your heart
Then I took advantage and woke up
Because I'm not stupid enough to stay in hell