Текст и перевод песни Gaúcho Da Fronteira - Essa Tal de Pandemia

Essa Tal de Pandemia

Abre a cordeona, gaiteiro velho
Vou falar dessa tal de pandemia, tchê

E esta pestezinha braba que veio da Cochinchina
Me agarrou com as mão nas calça e assustou a minha china
São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e os Catarina
Se esparramou no Rio Grande cada dia mais se expande
En Uruguai y en Argentina

Não tem cerca nem arame que ataque essa ventania
E o povo tá apavorado com essa tal de pandemia
Caco véio que nem eu já fico contando os dias
Corre um frio pelo espinhaço e eu já quero dá uns balaço
Pra matar essa porcaria

E a doutora muito calma receitou uma quarentena
Fica em casa, toma jeito, tu vai ver que vale a pena
E eu te digo e te repito porque tu é meio ventena
Quem sabe a gente tem sorte, tu sempre foi muito forte
E até passou de oito dezena

Gurizada tem que usar arco' gel
Focinheira, rabicho, peiteira
Toda essas cangalha aí, vai-te embora

Tão dizendo pelo rádio, no jornal, televisão
Arco' gel e arco' gel de lata e de garrafão
Não carece tomar banho, mas tem que lavar as mãos
Quem sabe um novo sistema resolve esse teu problema
Só com água e com sabão

Compremo arroz e feijão, eu gosto de ter no prato
Carne buena temo em casa sempre um pouco mais barato
Vou-me socar lá em campanha, ficar no meio do mato
E vou fazer uma simpatia que atolava até as virilha
Ai, não chega nem carrapato

Mestre no jogo de truco já sou meio bagunceiro
Quando o retruco te pega eu conheço pelo cheiro
E não disparo da peleia, mas evito o entreveiro
Tô igual ouro no vizinho agora só dá o pezinho
E de longe abraço gaiteiro

Atenção pessoal
Vamo se vacinar, vamo se vacinar
Pode trazer a segunda dose pra mim, companheiro

This Thing Called a Pandemic

Open the accordion, old accordionist
I'm going to talk about this thing called a pandemic, my dear

And this nasty little plague that came from Cochinchina
Grabbed me with my pants down and scared my girl
São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná and the Catarinas
Spreading out in Rio Grande, expanding every day
In Uruguay and Argentina

There's no fence or barbed wire that can hold back this storm
And the people are terrified of this thing called a pandemic
An old geezer like me is counting his days
I get chills down my spine and I want to shoot
To kill this goddamn thing

And the doctor, so calm, prescribed a quarantine
Stay home, behave, you'll see it's worth it
And I'll tell you again and again, because you're a bit of a handful
Maybe we'll get lucky, you've always been strong
And you've even lived past eighty

Kids have to use hand sanitizer
Face masks, tails, chest protectors
All that nonsense, get rid of it

They're saying on the radio, in the newspaper, on TV
Hand sanitizer, hand sanitizer in cans and bottles
It's not enough to take a bath, you have to wash your hands
Maybe a new system will solve your problem
Just with water and soap

We buy rice and beans, I like to have them on my plate
I have good meat at home, always a little cheaper
I'm going to hide out in the countryside, stay in the woods
And I'm going to do a little ritual that will keep even ticks away
Not even a mosquito will come near

Master of the truco game, I'm a bit of a mess
When the retruco hits you, I can smell it
And I don't run from a fight, but I avoid a fight
I'm like a gold nugget in the neighbor's yard, now I only take baby steps
And I give a distant hug, my dear accordionist

Attention everyone
Let's get vaccinated, let's get vaccinated
You can bring me the second dose, my friend