Текст и перевод песни João de Almeida Neto - O Meu País - Ao Vivo

O Meu País - Ao Vivo

O Meu País

João de Almeida Neto

Opções

Um país que crianças elimina;
E não ouve o clamor dos esquecidos;
Onde nunca os humildes são ouvidos;
E uma elite sem Deus é que domina;
Que permite um estupro em cada esquina;
E a certeza da dúvida infeliz;
Onde quem tem razão passa a servis;
E maltratam o negro e a mulher;
Pode ser o país de quem quiser;
Mas não é, com certeza, o meu país.
Um país onde as leis são descartáveis;
Por ausência de códigos corretos;
Com noventa milhões de analfabetos;
E multidão maior de miseráveis;
Um país onde os homens confiáveis não têm voz,
Não têm vez,
Nem diretriz;
Mas corruptos têm voz,
Têm vez,
Têm bis,
E o respaldo de um estímulo incomum;
Pode ser o país de qualquer um;
Mas não é, com certeza, o meu país.

Um país que os seus índios discrimina;
E a Ciência e a Arte não respeita;
Um país que ainda morre de maleita, por atraso geral da Medicina;
Um país onde a Escola não ensina;
E o Hospital não dispõe de Raios X;
Onde o povo da vila só é feliz;
Quando tem água de chuva e luz de sol;
Pode ser o país do futebol;
Mas não é, com certeza, o meu país!
Um país que é doente;
Não se cura;
Quer ficar sempre no terceiro mundo;
Que do poço fatal chegou ao fundo;
Sem saber emergir da noite escura;
Um país que perdeu a compostura;
Atendendo a políticos sutis;
Que dividem o Brasil em mil brasis;
Para melhor assaltar, de ponta a ponta;
Pode ser um país de faz de conta;
Mas não é, com certeza, o meu país!
Um país que perdeu a identidade;
Sepultou o idioma Português;
Aprendeu a falar pornô e Inglês;
Aderindo à global vulgaridade;
Um país que não tem capacidade;
De saber o que pensa e o que diz;
E não sabe curar a cicatriz;
Desse povo tão bom que vive mal;
Pode ser o país do carnaval;
Mas não é, com certeza, o meu país!

My Country - Live

My Country

João de Almeida Neto

Options

A country that eliminates children;
And doesn't hear the cry of the forgotten;
Where the humble are never heard;
And a Godless elite dominates;
That allows a rape on every corner;
And the certainty of unhappy doubt;
Where the one who is right becomes a servant;
And they mistreat the black man and the woman;
It may be anyone's country;
But it's certainly not my country, dear.
A country where laws are disposable;
Due to the absence of correct codes;
With ninety million illiterate people;
And a larger crowd of miserable ones;
A country where trustworthy men have no voice,
Have no turn,
Nor direction;
But the corrupt have a voice,
Have a turn,
Have an encore,
And the backing of an unusual stimulus;
It may be anyone's country;
But it's certainly not my country, dear.

A country that discriminates against its indigenous people;
And doesn't respect Science and Art;
A country that still dies of malaria, due to the general backwardness of Medicine;
A country where the School doesn't teach;
And the Hospital doesn't have X-rays;
Where the village people are only happy;
When they have rainwater and sunlight;
It may be the country of football;
But it's certainly not my country!
A country that is sick;
Doesn't heal itself;
Wants to stay forever in the third world;
That reached the bottom of the fatal well;
Without knowing how to emerge from the dark night;
A country that has lost its composure;
Catering to subtle politicians;
Who divide Brazil into a thousand Brazils;
To better plunder, from end to end;
It may be a make-believe country;
But it's certainly not my country!
A country that has lost its identity;
Buried the Portuguese language;
Learned to speak porn and English;
Adhering to global vulgarity;
A country that has no capacity;
To know what it thinks and what it says;
And doesn't know how to heal the scar;
Of these good people who live poorly;
It may be the country of carnival;
But it's certainly not my country!