Текст и перевод песни Kamau - Nada... De Novo

Nada... De Novo

Algumas coisas não mudaram
E outras não se repetiram

Papo de casos isolados em série
A cor da pele que fere é a da que não interfere
E a que se fere mesmo quando a descrição não confere
Tá condenada a ser alvo, todo dia intempérie
Desculpa nenhuma serve quando é tarde demais
Girar o ponteiro ao contrário não vai, covarde demais
Disparo contra quem cai, por treta besta se vai
Mais um dos nossos, tira a paz, mais uma filha sem pai
Nego, Vila ou viela correndo pra virar algum
Ou pra não virar mais um da bala pra vala comum
Mirando no placo pela bola ou plaquitudum
Mãe acende a vela pra não ouvir um click clack boom
Os moleque bão tão expostos, dispostos
Negando as propostas, pagando os impostos
Sujeitos, supostos, não quer ser desgosto
Ou encosto, pros nossos o vencer tem outro gosto
Vem da baixa, renda mínima, mente acima da média
Mas só sobe ou sabe se entretem e alguém mantém na rédea
Quem desgarra enfrenta a barra, sobe ou descem o sarrafo
Graduado evita as grades mas mesmo assim não tá safo
Se barrar querem nota, se peitar toma bota
Se comprar zoião brota e se escorregar chacota
Língua alheia é chicote e não liga o lugar de fala
Não conhece a bagagem e ocupa o lugar de mala
Criado pra ser criado, educado pra só servir
Mais dever que direitos, limitado no ir e vir
Sob pressão demais carvão não vira diamante
Mas sem se dar por vencido, tem sido desafiante
Sangue frio, chapa quente, é mais que térmico o choque
E tem lição todo dia, sem curso em término, foque
Se posso renovo o estoque de truque, reviso cada
Página da história, griot, mas fora isso nada... de novo

Scratches

Nada, nada muda...

Não mudou nada

Tudo igual

Na-da-mu-da

Nada... De Novo

Some things haven't changed
And others haven't been repeated

Talk of isolated cases in series
The color of the skin that hurts is the one that doesn't interfere
And the one that hurts even when the description doesn't match
It's condemned to be a target, every day a storm
No excuse is good enough when it's too late
Turning the clock back won't help, it's too cowardly
I shoot at those who fall, for a silly reason
Another one of ours, takes away the peace, another daughter without a father
Man, street or alley running to become someone
Or to not become another one of the bullets in the common grave
Aiming at the stage for the ball or the fame
Mother lights a candle so as not to hear a click clack boom
The good kids are exposed, willing
Denying the proposals, paying the taxes
Subjects, supposed, don't want to be bitter
Or a burden, for our people winning tastes different
Coming from the bottom, minimum wage, mind above average
But it only goes up or gets by if someone keeps it on a leash
Those who break away face the bar, they go up or down the ladder
The graduate avoids the bars but still isn't safe
If they block they want a note, if they confront they get the boot
If they bribe the boss, they sprout, and if they slip, mockery
The foreign tongue is a whip and doesn't care about the place of speech
Doesn't know the baggage and takes the place of the suitcase
Raised to be raised, educated to just serve
More duties than rights, limited to come and go
Under too much pressure, coal doesn't turn into diamond
But without giving up, it's been challenging
Cold blood, hot plate, the shock is more than thermal
And there's a lesson every day, no course in finish, focus
If I can, I renew the stock of tricks, I revise each
Page of history, griot, but other than that nothing... new

Scratches

Nothing, nothing changes...

Nothing has changed

Everything is the same

No-thing-chan-ges