Текст и перевод песни Lucas Reis & Thácio - Onde Moram Meus Pais

Onde Moram Meus Pais

Não suportando a saudade
Do tempo que longe vai
Voltei aonde vivi
O bom tempo de rapaz
O riacho da jangada
Quanta lembrança me traz

As campinas verdejantes
E os lindos coqueirais
Minha alegria foi tanta
Quando vi a casa branca
Aonde moram meus pais

À sombra do pé de cedro
Passei horas recordando
O correr do dia a dia
Tudo foi se transformando
Não vi as vacas leiteiras
Lá no campo ruminando

No piquete não vi mais
O meu cavalo pastando
Não ouvi mais as batidas
Compassadas e seguidas
Do monjolo trabalhando

Não ouvi mais o jaó
Piando no taboqueiro
E lá na passagem velha
Já não tem mais o barreiro
Aonde dava na certa
Rastro fresco dos mateiros

Eu não vi mais o Sultão
Nem o Guampo e o Ligeiro
Chorei por não resistir
A saudade que senti
Dos antigos companheiros

Hoje vivo recordando
O barulho do riozinho
Também da paineira velha
Lá na curva do camin'
Seus galhos ainda floram
Dando abrigo aos passarinhos

Em seu tronco eu vi meu nome
Gravado entre os espinhos
Do tempo bom que passou
Só a saudade ficou
Ao longo do meu caminho

Where My Parents Live

Unable to bear the longing
Of the time that is long gone
I returned to where I lived
The good old days
The shallow stream for the raft
How many memories it brings me

The evergreen meadows
And the beautiful coconut trees
My joy was so great
When I saw the white house
Where my parents live

Under the shade of the cedar tree
I spent hours reminiscing
The everyday routine
Everything has been changing
I didn't see any dairy cows
Ruminating in the field

In the paddock I no longer saw
My horse grazing
I no longer heard the beat
Rhythmic and continuous
Of the mill working

I no longer heard the jaó
Chirping in the bamboo grove
And there on the old crossing
The clay hole is no more
Where the fresh tracks of the foresters
Used to be a sure sign

I no longer saw the Sultan
Nor the Guampo or the Ligeiro
I cried because I couldn't resist
The longing I felt
For my old companions

Today I live remembering
The noise of the little river
And also the old silk tree
There on the bend in the road
Its branches still blossom
Providing shelter for the birds

On its trunk I saw my name
Carved among the thorns
Of the good time that passed
Only the longing remains
Along my path