Текст и перевод песни Manu Lafer - Baião de Dois

Baião de Dois

Ô, minha santa
Leva a fumaça
Que levanta a caravana
Ô, meu benzinho
Serve o carinho
Que atravessa na garganta
Ô, meu apego
Vai como um ponto
Na distância que desponta

Ô, baião de dois
Ô, revelação
Ô, baião de dois
Ô, revelação

Lé com lé
Cré com cré

De mamando a caducando
De pegado a cafundó
Todo mundo vive só
Todo mundo vive só

Com que faca te feriste?
Com que amor te acostumaste?
De que impura fomitura
Tu provaste e aprovaste?
Com que vento interrompeste
Meu querer que provocaste?

Com que vinho te gabaste
Com que fúria arrepiaste
Na carreira dos destinos
Que certeira me rasgaste?
Com que espuma, com que bruma?
Com que feno, com que sono?
Com que filme, com que arte?

Ô, minha prenda
Leva a mentira
Põe e tira a minha venda
Ô, minha preta
Por sentimento
É que me finjo de poeta
Ô, menina
Em tua rima
É que eu me ensino da narina

Ô, baião de dois
Ô, rebentação
Ô, baião de dois
Ô, rebentação

Lé com lé
Cré com cré

De mais zelo a desmazelo
Da mirada ao atropelo
Todo mundo vive só
Todo mundo vive só

Meu sorriso tu me deste
Lume que tu me alegraste
Que furtiva comitiva
Dispuseste, acompanhaste
No alvoroço em que irrompeste
Qual caroço e tempestade?

Com que fel, qual azedume?
Que amargor, qual aziúme?
Na poeira dos destinos
Te abracei e me abraçaste
Com que espuma, com que bruma?
Com que feno, com que sono?
Com que filme, com que arte?

Baião de Dois

Oh, my saint
Carry the smoke
That lifts the caravan
Oh, my darling
Serve me your love
That goes down smooth
Oh, my love
Go like a dot
In the distance that rises

Oh, baião de dois
Oh, revelation
Oh, baião de dois
Oh, revelation

Lé with lé
Cré with cré

From nursing to growing old
From holding to running away
Everyone lives alone
Everyone lives alone

With what knife did you hurt yourself?
With what love did you get used to?
From what impure mixture
Did you taste and approve?
With what wind did you interrupt
My desire that you provoked?

With what wine did you boast
With what fury did you creep
In the race of destinies
That you tore me apart?
With what foam, with what mist?
With what hay, with what sleep?
With what film, with what art?

Oh, my precious
Take away the lie
Put on and take off my blindfold
Oh, my black woman
By feeling
Is that I pretend to be a poet
Oh, girl
In your rhyme
Is that I learn through my nostrils

Oh, baião de dois
Oh, breaking wave
Oh, baião de dois
Oh, breaking wave

Lé with lé
Cré with cré

From more zeal to carelessness
From the look to the run
Everyone lives alone
Everyone lives alone

You gave me my smile
Light that cheered me
What a stealthy entourage
You arranged, you accompanied
In the uproar in which you burst in
Like a kernel and a storm?

With what poison, what bitterness?
What anguish, what evil eye?
In the dust of destinies
I embraced you and you embraced me
With what foam, with what mist?
With what hay, with what sleep?
With what film, with what art?