Текст и перевод песни Marcelo D2 - Baile No Elite

Baile No Elite

Fui a um baile no Elite atendendo a um convite do Manoel garçom
Meu Deus do Céu, que baile bom
Que coisa bacana, já no Campo de Santana
Ouvir o velho e bom som, trombone, sax e pistom

O traje era esporte, o calor estava forte
Mas eu fui de jaquetão, para causar boa impressão
Naquele tempo era o requinte o linho S-120
Eu não gostava de blusão (É uma questão de opinião)

Eu passei pela portaria
Subi a a velha escadaria e penetrei no salão
Aí, quando dei de cara com a Orquestra Tabajara
E o popular Jamelão, cantando só samba-canção

Norato e Norega, Macaxeira e Zé Bodega
Nas palhetas e metais, e tinha muitos outros mais
No clarinete o Severino solava um choro tão divino
Desses que já não tem mais, ele era ainda bem rapaz

Refeito dessa surpresa, me aboletei na mesa
Que eu tinha já reservado, até paguei adiantado
Manoel, que é dos nossos, trouxe um pires de tremoços
Uma cerveja e um traçado, pra eu não pegar um resfriado

Tomei minha Brahma, levantei, tirei a dama
E iniciei meu bailado, no puladinho e no cruzado
Até o Diogo e Seu Jorge que são caras que não fogem
Foram embora humilhados, aí ferrou né, eu tava mesmo endiabrado

Quando o astro-rei já raiava e a Tabajara caprichava
Seus acordes finais, para tristeza dos casais
Toquei a pequena, feito artista de cinema
Em cenas sentimentais, à luz de um abajur lilás

Num quarto sem forro, perto do pronto-socorro
Uma sirene me acordou, em estado desesperador
Me levantei, lavei o rosto, quase morro de desgosto
Pois, foi um sonho e se acabou

Aí, oh, seu Nélson Motta deu a nota que hoje o som é rock and roll
A Tabajara é muito cara
E o velho tempo, o velho tempo já passou

É isso, amigo

Baile No Elite

I went to a dance at the Elite at the invitation of the waiter Manoel
Good Lord, what a great dance
What a groovy thing, already at Campo de Santana
Listening to the old and good sound, trombone, sax and piston

The dress code was sporty, the heat was strong
But I wore a jacket to make a good impression
At that time, the epitome of refinement was the linen S-120
I didn't like blousons (It's a matter of opinion)

I went through the lobby
I went up the old stairs and entered the ballroom
Then, when I came face to face with the Orquestra Tabajara
And the popular Jamelão, singing only samba-canção

Norato and Norega, Macaxeira and Zé Bodega
On the reeds and brass, and there were many others
Severino played a divine choro on the clarinet
The kind they don't have anymore, he was still quite young

Refreshed by this surprise, I settled at the table
Which I had already reserved, and had even paid in advance
Manoel, who is one of us, brought a bowl of lupins
A beer and a shot, so I wouldn't catch a cold

I drank my Brahma, stood up, and asked the lady to dance
And I started my dance, with the puladinho and the cruzado
Even Diogo and Seu Jorge, who are guys who don't run away
Left humiliated, so it was over, I was really on fire

When the sun was already rising and the Tabajara was playing with gusto
Their final chords, to the sadness of the couples
I touched the little one, like a movie star
In sentimental scenes, by the light of a lilac lampshade

In a room without a ceiling, near the emergency room
A siren woke me up, in a desperate state
I got up, washed my face, almost died of disgust
Because, it was a dream and it was over

Oh, oh, dear Nélson Motta said that nowadays the sound is rock and roll
The Tabajara is too expensive
And the old days, the old days have passed

That's it, honey