Текст и перевод песни Marco Aurélio - Saudade de Minha Terra

Saudade de Minha Terra

De que me adianta viver na cidade
Se a felicidade não me acompanhar
Adeus, paulistinha, do meu coração
Lá pro meu sertão eu quero voltar

Ver a madrugada quando a passarada
Fazendo alvorada começa a cantar
Com satisfação arreio o burrão
Cortando estradão saio a galopar

Eu vou escutando o gado berrando
Sabiá cantando no jequitibá

Por Nossa Senhora, meu sertão querido
Vivo arrependido por ter deixado
Esta nova vida aqui na cidade
De tanta saudade eu tenho chorado

Aqui tem alguém, diz que me quer bem
Mas não me convém eu tenho pensado
Eu fico com pena, mas esta morena
Não sabe o sistema que eu fui criado

Tô aqui cantando, de longe escutando
Alguém está chorando com rádio ligado

Que saudade imensa do campo e do mato
Do manso regato que corta as campinas
Aos domingos ia passear de canoa
Nas lindas lagoas de águas cristalinas

Que doces lembrança daquelas festanças
Onde tinha danças e lindas meninas
Vivo hoje em dia sem ter alegria
O mundo judia, mas também ensina

Estou contrariado, mas não derrotado
Eu sou bem guiado pelas mãos divina

Pra minha mãezinha já telegrafei
E já me cansei de tanto sofrer
Nesta madrugada estarei de partida
Pra terra querida que me viu nascer

Já ouço sonhando o galo cantando
O Inhambu piando no escurecer
A lua prateada clareando a estrada
A relva molhada, vejo o anoitecer

Eu preciso ir pra ver tudo ali
Foi lá que eu nasci, lá quero morrer

Longing for My Homeland

What good is living in the city for me,
If happiness won't follow me?
Goodbye, little Paulista, from my heart,
Back to my hinterlands I want to depart.

To see the dawn, when the birds,
Making their serenade, begin their words.
With satisfaction, I saddle my donkey,
Cutting across the backroads, I gallop free.

I'll be listening to the cattle lowing,
The sabiá bird singing in the jequitibá tree growing.

By Our Lady, my beloved hinterland,
I live repentant for having left your hand.
This new life here in the city,
From so much longing, I've been feeling so gritty.

Here there's someone, who says they love me so,
But it doesn't suit me, as I've come to know.
I feel sorry for her, but this brunette,
Doesn't know the ways in which I was set.

I'm here singing, from afar hearing,
Someone is crying, with the radio playing.

What immense longing for the fields and the wood,
For the gentle stream that cuts through the plains, so good.
On Sundays I would go canoeing,
In the beautiful lagoons of crystalline waters, renewing.

What sweet memories of those festivities,
Where there were dances and pretty ladies.
I live nowadays without joy or glee,
The world is cruel, darling, but it also teaches me.

I'm upset, but not defeated,
I'm well guided by divine hands, treated.

To my dear mother, I've already telegraphed,
And I've grown tired of suffering, I've had.
At this dawn, I'll be departing,
To the beloved land of my starting.

I already hear, dreaming, the rooster crowing,
The Inhambu chirping in the darkening glow.
The silver moon lighting up the road,
The wet grass, I see the night unfold.

I need to go to see everything there,
It's where I was born, it's where I want to share my final prayer.