Текст и перевод песни Nocivo Shomon feat. Fabio Brazza - País de Poucos

País de Poucos

Eu nunca fui CDF na nota
Mas meu rap declara mais que CPF na nota
Pega o PDF e anota
Trago a carga que sobrecarrega a mente
E se a rima é um frete
Então eu vim pra ser o chefe da frota
Do DF ao RJ
Com uma condição a nossa seleção
Aqui não é a CBF que vota
É de mos def e sabota
E resgata a criançada com autoestima
E cultura numa postura
Que nem a unicef adota
O rap importa
E quando estado fecha escola
Diz pra mim quem vai abrir a porta
Quem?
E não preciso ser bom aluno
Pra saber que a boca da fome mata
Mais que a boca de fumo
Esse é o resumo da vida de consumo
Que nos consome
E a fama de forma infame
Ainda fomenta muita fome
É foda! Iphone e tv plasma
Mas a escola ainda é precária
E a saúde é um hospital fantasma
Ostentando seus troféus
Aquele que senta no trono
Dos reis desconhece o banco dos réus
Desfila impunemente o lord dos falsos
A justiça é como a serpente
Só morde os descalços
Não é o mesmo crivo moral no livro penal
O crime é relativo depende
Do indicativo social
Se o moleque rouba: Vai pro presídio marginal
Mas a empresa é absolvida
De outro genocídio ambiental
Esse é o Brasil um país de poucos
Esse é o Brasil um país dos bolsos
Cortaram as pernas do povo
Mas o poder é controlado
Pelos braços do polvo
Esse é o Brasil um país dos porcos
Esse é o Brasil um país dos lobos
País dos tolos
Não é que não existe a lei
Mas é que a lei aqui não é pra todos
Fazendo free com o Fabio
Acendi outra brazza
Mil planetas pra nasa
Canetas na faixa de gaza
Hip-hop minha casa
Extravasa menino
Menos eu pra nós chegar
Unir judeu, palestino
Rap é nosso hino, pique doutor destino
Neto de dona Inácia sagaz igual Severino
Filho da dona Selma fluente no português fino
Que sempre me dizia, 'Nando tome atino'
Fui tomar mais juízo no bote só tinha coca
Dispensei pedi fanta serviram pepsi choca
Sociedade ator que morre no rio
A mesma não se comove com tanta morte no rio
Mais um copo vazio pra quem tem sede de fútil
Ser foda tem tantos
Querendo difícil é se tornar útil
Inútil gastar saliva com os donos da verdade
Quem acha que sabe tudo não sabe nem da metade
Terra da impunidade vieram de caravela
Tanta coisa mudou, senzala virou favela
Entre beco e viela, fui pedir a mão dela
Onde morre escobar com mente pra ser mandela
Seu time ganhando cegando mais patriota
Estamos contando corpos
Eles contando as nota
Anedota adota cota da, tv racista
Mil escravos na novela, um pra capa de revista
Quantos na entrevista, fogem da guilhotina
Que ignora currículo julgando a melanina
Coca, cafeína, nicotina liberada
E a droga da farmácia com a venda deliberada
Álcool vicia, cirrose morte na estrada
Então explica por quê maconha é discriminada
Manipulada a nação que segue cega igual gado
Apreciando a tela de um Da Vinci perturbado
Como mudar o quadro, presos à moldura
Tá sobrando MC onde falta rima madura
Que muda o menor de fura com cultura e leitura
Pra não fugir da escola
E nem da viatura

Country of the Few

I was never a straight-A student
But my rap declares more than a tax ID on a bill
Grab the PDF and take note
I bring the load that overloads the mind
And if rhyme is freight
Then I came to be the head of the fleet
From the Federal District to Rio
With one condition for our selection
Here it's not the CBF that votes
It's Mos Def and sabotages
And rescues the kids with self-esteem
And culture in a posture
That not even UNICEF adopts
Rap matters
And when the state closes schools
Tell me who will open the door
Who?
And I don't need to be a good student
To know that the mouth of hunger kills
More than the mouth of drugs
This is the summary of the life of consumption
That consumes us
And fame in an infamous way
Still foments a lot of hunger
It's fucked up! Iphone and plasma TV
But the school is still precarious
And healthcare is a ghost hospital
Flaunting his trophies
The one who sits on the throne
Of kings is unaware of the defendant's bench
The lord of the false parades with impunity
Justice is like the serpent
It only bites the barefoot
It's not the same moral sieve in the penal code
Crime is relative it depends
On the social indicative
If the kid steals: He goes to the marginal prison
But the company is acquitted
Of another environmental genocide
This is Brazil, a country of the few
This is Brazil, a country of pockets
They cut off the people's legs
But power is controlled
By the arms of the octopus
This is Brazil, a country of pigs
This is Brazil, a country of wolves
Country of fools
It's not that the law doesn't exist
But it's that the law here is not for everyone
Freestyling with Fabio
I lit another Brazza
A thousand planets for NASA
Pens in the Gaza Strip
Hip-hop is my home
Let it out, boy
One less of me for us to arrive
Unite Jew, Palestinian
Rap is our anthem, like Doctor Destiny
Grandson of Dona Inácia, sagacious like Severino
Son of Dona Selma, fluent in fine Portuguese
Who always told me, 'Nando, take heed'
I went to get more sense at the bar, they only had Coke
I declined, asked for Fanta, they served Pepsi, shocking
Society, an actor who dies in the river
The same one is not moved by so many deaths in the river
One more empty glass for those who thirst for the futile
There are so many who are awesome
What's hard is to become useful
It's useless to waste saliva with the owners of the truth
Whoever thinks they know everything doesn't even know half
Land of impunity, they came by caravel
So much has changed, the slave quarters became a favela
Between alley and lane, I went to ask for her hand
Where Escobar dies with the mind to be Mandela
Your team winning, blinding more patriot
We are counting bodies
They are counting the notes
Anecdote adopts quota from racist TV
A thousand slaves in the soap opera, one for the magazine cover
How many in the interview, escape the guillotine
That ignores resume judging melanin
Coke, caffeine, nicotine released
And the drug from the pharmacy with deliberate sale
Alcohol is addictive, cirrhosis, death on the road
Then explain why marijuana is discriminated against
Manipulated nation that follows blind like cattle
Appreciating the canvas of a disturbed Da Vinci
How to change the picture, stuck to the frame
There are too many MCs where mature rhyme is lacking
That changes the minor from thief with culture and reading
So as not to run away from school
Nor from the patrol car