Текст и перевод песни Nocivo Shomon - R.U.A 4: Poesia no Caos

R.U.A 4: Poesia no Caos

Ainda é pelo povo
Ainda é pelo povo
Eu vou que vou
Ainda é pelo povo
Ainda é pelo povo
Eu vou que vou
Ha! Eu me vi eu vivi
Escrevi tudo que eu senti
E a inspiração quando negro álibi e cirurgia
Verso de rua, rima bruta, resistência
Guerreiro da luta e da conduta dos anos 90
Palmas pro país do penta, molecada sem merenda
E contando as pista portando. 40
O inimigo é outro, entenda
O papo aqui já foi dado
Cês acredita na Globo, porra, tá tudo errado
Aê, cadê o Amarildo? Mataram Marielle
País do Carnaval condena pela cor da pele
Com precisão, salve Mortão, Primeiramente e Shomon
DJ [?], Ravi Lobo e Kamon nessa missão
Fechadão nos fundamentos que se foram, eu me lembro
Salve pros cria, bom tempo, somos detentos
E o povo segue sofrendo, DF tá mó veneno
Nos bosque da Norte, na fé tamo sobrevivendo
E eu tava na laje, ali no Viet, no domingo à tarde trampando nos rap
Carai', tem umas coisas que a mente
Não esquece, lembrei do barraco em 2007
Via o passado assombrar o futuro, meu corpo vivendo e a alma de luto
Na escuridão, 'tava vendo até vulto, o
Rap foi a luz que me trouxe outro rumo
Salve Maloka, Vietclã, Diogo Loko
Poesia preta pura, para, parça
É pro meu povo
Salve Maloka, Vietclã, Diogo Loko
Poesia preta pura, para, parça, é pro meu povo
Sub doze com orgulho, rap noventa me inspira
Submetralhadora rajada lírica, escola de vida
O aprendizado é gang e os portões não me limitam
Rap, prova viva que a rua também ensina
E a matéria que eu mais gosto minha professora odeia
Canto um universo em crise e ela diz que é brincadeira
Aqui tu plantas, tu semeia, aposta nas crianças
Amar é mesmo para os fortes, entenda
Rua, meu love song não é só song de love
Em tempos difíceis canto amor ao próximo sem cortes
Avisa lá que é o Kamon que tá no toque
Guardas, tiras, walkie talkie, e os racistas fica em choque
Nem quero saber quem fez essa bagunça no jardim
Tratem de arrumar tudin', pros seus filhos e pra mim
Os canalhas que estragaram há de colher só o ruim
Fruto podre em terra fértil não se arruma com dindim
A ira dos menor bolado no futuro
Há de ser palavra ferro se estivermos no escuro
Ou aprende pelo amor e garante o porto seguro
Ou amarga pela dor e sente o peso desse murro
E as noites são traiçoeiras, com ansiedade me afoguei
Tô procurando ir embora de onde ainda nem cheguei
Se no tiro, a bala cala, o que te abala é peso chumbo
Não engoli desaforo, então saí cuspindo chumbo
Não tenho dúvida que é uma dádiva
Nunca foi dívida, é dividir a vida
Tô no dilúvio, escrevo no estúdio
Rimas de repúdio, buscando a saída
Não escreva rimo vazia que instiga briga de fã
Nossa história é escrita na rua e a sua só fica um dia no Instagram
Somos aparência no game, porém gerar hype é que é pretexto
No texto diz que não importa
Se não importa, por quê fez o texto?
A um passo do poço, peço uma prece
Aquilo que pulsa nunca teve preço
Não é fácil, tá osso
O meu verso desce, cê não expulsa usando um terço
Dichavo esse verso solto e sinto meu peito prensado
Só eu sei o que eu tenho passado
Pensado em tudo que tem me pesado
Tô chorando direto há semanas
E há meses não tenho rezado
Fica difícil pensar lá na frente
Se eu não tenho você do meu lado
Pior que eu me vejo no jogo
Um carrinho machuca a minha perna
Cê foi tão foda que tão condenou todo minuto à saudade eterna
A morte chega pra todos
Na minha tente não chorar
Não tô triste porque fui embora
Eu fico feliz porque vou te encontrar
Ainda é pelo povo
Ainda é pelo povo
Ainda é pelo povo
Ainda é pelo povo
Eu vou que vou
O sonho vivo no coração é mais real que tudo
O ódio matou o rancor e a depressão acordou de luto
Rondesp levou noventa por cento dos meus amigos
Minha quebrada chora, só chora fingindo que tá sorrindo
Conselho de mãe nunca falhou, nunca vai falhar
Te faz a oração que te livrou e desviou das balas
Eu sei, jow, cê falou, salvador no amor
Na pista e no cangaço minha família revolucionou
Desde de sempre o lobo tenta a sorte, ver pra crer
Ku Klux Klan enforcado bota a cara pra 'cê ver
Amor, lealdade, irmandade na tristeza e na alegria
Uma luz no fim do túnel fazendo ladrão chorar com poesia
Brasil perdido nos becos da vida, apertou na morte
Bahia nervoso, meus pivete que venceu os pinote
A tropa, nova era suburbana, canto pro meu povo
Político é chuva de bala, estuprador é veneno e fogo
Vivo o sentimento pra compor em cada batida
Mais do que cantar rap, preciso cantar a vida
Entre Judas, suicidas e suas tramas absurdas
Vozes da verdade inútil pra mentes surdas
O surdo faz o grave, vivência um poeta
A mão que faz a bomba torna a estrada deserta
Queria ter mais tempo pra falar das flores
Que nem todo seu ouro compra meus valores
Queria mais sambista espantando as dores
Queria que as pessoas não matassem pelas cores
Eu trago visão para expandir as pineais
Essa eu me inspirei na letra dos Imortais
Vozes angelicais, profetas procurando a paz
O topo te faz um herói, sua queda te torna capaz
Animal voraz, Dona Selma foi leoa
Trocaria meu Camaro pelo abraço da coroa
Rosas e canhões, morreremos como o deserto
A dor te faz lembrar que ela não tá mais por perto
Mais uma lágrima no chão eu vejo cair
Roubou a brisa, a memória, a mente além
Coração de robô pra fingir sorrir
E poder te falar que tá tudo bem
Que tá tudo bem, que tá tudo bem
Cê quer saber, fecha a minha conta, é meu último gole
Preciso ir,
Não posso permitir que seja aqui o fim, que essa dor me isole
Busquei a força onde não tinha
Lutei pela minha
Pra descobrir que a vida é fábrica de abrir feridas
Mais cruel que um promotor de um grande amor que te abandonou
Dilacera a alma, veja o que restou de mim
Minha lealdade, minhas histórias, minhas lutas
No momento eu vou juntar meus caco e prosseguir na busca
Deus, por caridade, acalma a saudade, que é tarde
Várias noite sem dormir e dias de obscuridade
Aos meus, minha lealdade eterna em grande perda trágica
O amor divino é o lenço que enxuga as lágrimas
Que regaram o meu jardim onde planto memórias
(?) E dor que voltam sempre, vão na predatória
Em meio a caos e degraus, furas e FALs
Cê só descobre tarde que o amor é incondicional
Descobre o peso das palavras que não foram ditas
Que moedas compram Judas, mas não compram vidas
O espelho me lembra meu pai, me remete ao meu filho
Chorando, eu vi o destino puxar o gatilho
Vou fingir que não vi o verme frio ri
Mas registrei cada covarde, o pró-labore vem depois, fi'
De forma empírica se aprende que pausa não é breque
A la guerra, pues
Malparido, usted no me conoce
Do fundo da alma
Te resgato no escombro do ser
Eu vim te devolver o poder
O controle sobre você
Exterminam nossos pensadores
Eles procuram pensamento pronto
No século da depressão
Emoções fracas, almas em prantos
Meu estado matando a cultura
Não se vê mais nas praças dos bairros
Repentista, ciranda, xaxado
Enterrados no nosso passado
Eu canto pra bandido matador, sou ex do time
Torcida organizada TOIC, Os Cães, é Gang Vip
Eu vivi essas brigas de rua
Enterrei uns comédia no peito
As tatuagem de armamento
Denunciam que fui violento
Não vim pra ser artista, sou um rapper, sou um alvo
Ajudei sem esperar pra ficar despreocupado
Hoje sou um exemplo pro bairro
A polícia ainda mexe comigo
Eles sabem do meu passado
Só querem me pegar no vacilo
Eles querem só os frutos, vixe
Eu sustento a raiz origem
Só se muda o placar se tiver escalado no time
Valor que se inverte, é triste
Até surgir um novo Hitler
Se engana quem não pensou na repetição desse filme
Eu vim pra descobrir o que as palavras não disseram
Há um preço a se pagar, os que pensam já esperam
Vão retalhar o meu corpo
Mas não vão penetrar na minha mente
Essa é a cypher dos cara mais chato
O anonimato é surpreendente

R.U.A 4: Poetry in Chaos

It's still for the people
It's still for the people
I'm going where I'm going
It's still for the people
It's still for the people
I'm going where I'm going
Ha! I saw myself, I lived
I wrote everything I felt
And the inspiration when black alibi and surgery
Street verse, raw rhyme, resistance
Warrior of the struggle and conduct of the 90s
Applause for the country of the penta, kids without snacks
And counting the track carrying .40
The enemy is another, understand
The talk here has already been given
You believe in Globo, damn, it's all wrong
Hey, where's Amarildo? They killed Marielle
Country of Carnival condemns by skin color
With precision, hail Mortão, Primeiramente and Shomon
DJ [?], Ravi Lobo and Kamon on this mission
Closed in the foundations that are gone, I remember
Hail to the cria, good times, we are inmates
And the people continue suffering, DF is very poison
In the woods of the North, in faith we are surviving
And I was on the slab, there in Viet, on Sunday afternoon working on the raps
Damn, there are some things that the mind
Doesn't forget, I remembered the shack in 2007
I saw the past haunt the future, my body living and my soul mourning
In the darkness, I was even seeing a face, the
Rap was the light that brought me another way
Hail Maloka, Vietclã, Diogo Loko
Pure black poetry, stop, partner
It's for my people
Hail Maloka, Vietclã, Diogo Loko
Pure black poetry, stop, partner, it's for my people
Sub twelve with pride, ninety's rap inspires me
Lyric burst submachine gun, school of life
Learning is gang and the gates don't limit me
Rap, living proof that the street also teaches
And the subject I like the most my teacher hates
I sing a universe in crisis and she says it's a joke
Here you plant, you sow, bet on children
Loving is really for the strong, understand
Street, my love song is not just a love song
In difficult times I sing love to my neighbor without cuts
Let them know that it's Kamon who's in charge
Guards, cops, walkie talkies, and the racists are in shock
I don't even want to know who made this mess in the garden
Take care of everything, for your children and for me
The scoundrels who spoiled it will only reap the bad
Rotten fruit in fertile land doesn't fix with money
The wrath of the youngest upset in the future
It will be an iron word if we are in the dark
Or learn by love and guarantee the safe harbor
Or bitterness by pain and feel the weight of this punch
And the nights are treacherous, I drowned with anxiety
I'm trying to leave where I haven't even arrived yet
If in the shot, the bullet is silent, what shakes you is the weight of lead
I didn't swallow disrespect, so I went out spitting lead
I have no doubt it's a gift
It was never a debt, it's sharing life
I'm in the flood, I write in the studio
Rhymes of repudiation, seeking the way out
Don't write empty rhyme that instigates fan fights
Our story is written on the street and yours only stays a day on Instagram
We are appearance in the game, but generating hype is the pretext
The text says it doesn't matter
If it doesn't matter, why did you write the text?
One step away from the well, I ask for a prayer
That which pulsates never had a price
It's not easy, it's bone
My verse goes down, you don't expel it using a rosary
I dictate this verse loose and feel my chest pressed
Only I know what I've been through
Thought about everything that's been weighing on me
I've been crying straight for weeks
And I haven't prayed for months
It's hard to think ahead
If I don't have you by my side
Worse than that, I see myself in the game
A little car hurts my leg
You were so awesome that you condemned every minute to eternal longing
Death comes for everyone
In mine, try not to cry
I'm not sad because I left
I'm happy because I'm going to meet you
It's still for the people
It's still for the people
It's still for the people
It's still for the people
I'm going where I'm going
The dream alive in the heart is more real than anything
Hatred killed resentment and depression woke up in mourning
Rondesp took ninety percent of my friends
My hood cries, just cries pretending to be smiling
Mother's advice never failed, never will fail
It makes you the prayer that delivered you and diverted you from the bullets
I know, jow, you said, savior in love
On the track and in the cangaço my family revolutionized
Always the wolf tries his luck, seeing is believing
Ku Klux Klan hanged puts his face for you to see
Love, loyalty, brotherhood in sadness and joy
A light at the end of the tunnel making thieves cry with poetry
Brazil lost in the alleys of life, squeezed in death
Bahia nervous, my kids who overcame the pinote
The troop, new suburban era, I sing for my people
Politician is a rain of bullets, rapist is poison and fire
I live the feeling to compose in every beat
More than singing rap, I need to sing life
Among Judases, suicides and their absurd plots
Voices of truth useless for deaf minds
The deaf do the serious, a poet lives
The hand that makes the bomb makes the road deserted
I wish I had more time to talk about flowers
That not all your gold buys my values
I wanted more samba dancers to scare away the pain
I wish people wouldn't kill because of colors
I bring vision to expand the pine forests
This one I was inspired by the lyrics of the Immortals
Angelic voices, prophets seeking peace
The top makes you a hero, your fall makes you capable
Voracious animal, Dona Selma was a lioness
I would trade my Camaro for the hug of the crown
Roses and cannons, we will die like the desert
The pain makes you remember that she is no longer around
One more tear on the floor I see falling
It stole the breeze, the memory, the mind beyond
Robot heart to pretend to smile
And to be able to tell you that everything is fine
That everything is fine, that everything is fine
You want to know, close my account, it's my last sip
I need to go,
I can't let this be the end here, let this pain isolate me
I sought strength where there was none
I fought for mine
To discover that life is a factory of opening wounds
More cruel than a promoter of a great love who abandoned you
It tears the soul apart, see what's left of me
My loyalty, my stories, my struggles
Right now I'm going to gather my pieces and continue the search
God, for charity, calm the longing, it's late
Several sleepless nights and days of obscurity
To mine, my eternal loyalty in great tragic loss
Divine love is the handkerchief that wipes away tears
That watered my garden where I plant memories
(?) And pain that always return, they go on the predatory
Amidst chaos and steps, holes and FALs
You only discover late that love is unconditional
Discover the weight of words that were not spoken
That coins buy Judases, but they don't buy lives
The mirror reminds me of my father, refers me to my son
Crying, I saw fate pull the trigger
I'll pretend I didn't see the cold worm laugh
But I registered every coward, the pro-labore comes later, fi'
Empirically you learn that pause is not brake
A la guerra, pues
Malparido, usted no me conoce
From the bottom of the soul
I rescue you in the rubble of being
I came to give you back the power
Control over yourself
They exterminate our thinkers
They look for ready-made thinking
In the century of depression
Weak emotions, souls in tears
My state killing culture
It's no longer seen in neighborhood squares
Repentista, ciranda, xaxado
Buried in our past
I sing for killer bandit, I'm an ex of the team
Organized crowd TOIC, The Dogs, is Gang Vip
I lived these street fights
I buried some comedy in my chest
The weapon tattoos
Report that I was violent
I didn't come to be an artist, I'm a rapper, I'm a target
I helped without waiting to be carefree
Today I am an example for the neighborhood
The police still mess with me
They know about my past
They just want to catch me slipping
They just want the fruits, wow
I support the root origin
The score only changes if you're on the team
Value that inverts, it's sad
Until a new Hitler emerges
Those who didn't think about the repetition of this film are mistaken
I came to find out what the words didn't say
There is a price to pay, those who think already expect
They will tear my body apart
But they won't penetrate my mind
This is the cypher of the most annoying guys
Anonymity is surprising