Текст и перевод песни Pena Branca & Xavantinho - Vide, Vida Marvada

Vide, Vida Marvada

Corre um boato aqui donde eu moro
Que as magoas que eu choro são mal ponteadas
Que no capim mascado do meu boi
A baba sempre foi santa e purificada
Diz que eu rumino desde menininho
Fraco e mirradinho a ração da estrada
Vou mastigando o mundo e ruminando
E assim vou tocando essa vida marvada

É que a viola fala alto no meu peito humano
E toda moda é um remédio pros meus desengano
É que a viola fala alto no meu peito, humano
E toda mágoa é um mistério fora deste plano
Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver
Chega lá em casa pruma visitinha
Que no verso ou no reverso da vida inteirinha
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê

Tem um ditado tido como certo
Que cavalo esperto não espanta a boiada
E quem refuga o mundo resmungando
Passará berrando essa vida marvada
Cumpadi meu que envelheceu cantando
Diz que ruminando dá pra ser feliz
Por isso eu vaqueio ponteando
E assim procurando minha flor-de-lis

É que a viola fala alto no meu peito humano
E toda moda é um remédio pros meus desengano
É que a viola fala alto no meu peito, humano
E toda mágoa é um mistério fora deste plano
Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver
Chega lá em casa pruma visitinha
Que no verso ou no reverso da vida inteirinha
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê

Vide, Vida Marvada

I hear a rumor here where I live
That the sorrows I weep are misplaced
That in the chewed grass of my ox
The drool was always holy and purifying
They say I've been brooding since I was a child
Weak and wasted, the ration of the road
I chew on the world and ruminate
And so I go on with this cursed life

Because the viola speaks loudly in my human chest
And every tune is a remedy for my disappointments
Because the viola speaks loudly in my human chest
And every sorrow is a mystery beyond this plane
To all who say that I don't know how to live
Come to my house for a visit
For in the verse or the reverse of life
You will find me in a cateretê
You will find me in a cateretê

There is a saying that is considered true
That a clever horse does not spook the cattle
And whoever shuns the world, grumbling
Will spend this cursed life bellowing
My friend who has grown old singing
Says that ruminating makes you happy
That's why I roam around playing my guitar
And thus searching for my fleur-de-lis

Because the viola speaks loudly in my human chest
And every tune is a remedy for my disappointments
Because the viola speaks loudly in my human chest
And every sorrow is a mystery beyond this plane
To all who say that I don't know how to live
Come to my house for a visit
For in the verse or the reverse of life
You will find me in a cateretê
You will find me in a cateretê
You will find me in a cateretê
You will find me in a cateretê
You will find me in a cateretê