Текст и перевод песни SoulRa - À Flor da Pele

À Flor da Pele

A escola não ensina
A riqueza da minha gente
A história minimiza
Educação contingente
Pele parda, mano e mina
Seguiremos resistentes
Pele preta, melanina
Nos corres independentes

Há quem receba seus mimos
E cobra Estado mínimo
Atribua a sorte ao signo
Diz que é questão de mérito
Culpa é do periférico
Por não ter o seu legado
O fato é que eu tô ligada
E miro no caso concreto
No trabalhador de fato
A sustentar o mercado
Nos corres que ninguém merece
E fica no ICMS
Toda grana que consegue
Exploração de todo lado
Até quando está desempregado

Não sei se tu me conhece?
Peço licença para chegar
Não sei se me conhece
Peço licença para chegar
Agarra minha mão menina
Você não está sozinha
Pode entrar
Reduto de carinho
Ninguém tá sozinho, entra

Debaixo do sol no tempo
Se fosse merecimento
Teria o maior provento
Aquele mais calejado
Para quem nunca vê o Estado
A não ser no homem fardado
Coração de mãe não aguenta
Um filho encarcerado

Eu quero a paz sim
Quando também for para mim
Não enquanto privilégio
De um grupo selecionado
Avanço industrial
Monocultivo rural
Servindo o capital
Em nome do patriarcado
Desrespeita a natureza
Ela, mãe que nos concebe
Dona de toda beleza
Como resposta repele
Contra um sistema que fere
Índio, preta, ribeirinho
Você não está sozinho

Por sentir à flor da pele

Não sei se tu me conhece?
Peço licença para chegar
Não sei se me conhece
Peço licença para chegar
Agarra minha mão menino
Você não está sozinho
Pode entrar
Reduto de carinho
Ninguém está sozinho, entra

On the Surface

The school does not teach
The wealth of my people
History downplays
Contingent education
Brown skin, brother and mine
We will remain strong
Black skin, melanin
In our independent paths

There are those who receive their treats
And demand a minimal state
Attribute luck to the sign
Say it's a question of merit
Blame the suburbs
For not having your legacy
The fact is that I am connected
And I aim for the specific case
In the real worker
Supporting the market
In the paths that no one deserves
And stays in the ICMS
All the money he gets
Exploitation everywhere
Even when he is unemployed

Do you know me?
I ask permission to approach
Do you know me?
I ask permission to approach
Take my hand, girl
You are not alone
Come in
Haven of affection
No one is alone, come in

Sun in the weather
If it were merit
I would have the greatest income
The most hardened
For those who never see the state
Except in the uniformed man
A mother's heart cannot endure
A son incarcerated

I want peace, yes
When it is also for me
Not as a privilege
Of a select group
Industrial advancement
Rural monoculture
Serving capital
On behalf of the patriarchy
Disrespects nature
She, mother who conceives us
Mistress of all beauty
As a response, she repels
Against a system that wounds
Indian, black, riverine
You are not alone

For feeling on the surface

Do you know me?
I ask permission to approach
Do you know me?
I ask permission to approach
Take my hand, boy
You are not alone
Come in
Haven of affection
No one is alone, come in