Текст и перевод песни Stereossauro feat. Capicua - Duas Casas

Duas Casas

Encantas-te por ela, alva e bela
Com aquela luz dela, no cinema é uma estrela
Cantam sobre ela, escrevem-lhe poemas
Pintam-lhe aguarelas em suas poses serenas
Chegam pra vê-la, fotografá-la
Para viver com ela, há quem queira até comprá-la
E tu lamentas, tentas ficar por perto
É certo que ao pé dela é onde te sentes em casa
Quando te ausentas, ficas deserto
Só queres voltar pra ela e a saudade não te passa.
E eu compreendo, não é secreto
Também eu tenho um refúgio pra que fujo e que me abraça!

Gosto dele assim fechado, cinzento e sério,
Com seus olhos molhados, todo mistério
Tem um tom grave que me diz sempre a verdade
É ciumento mas defende a liberdade
Quando regresso, desfaz sempre as minhas malas
Quando tropeço desfaz sempre as minhas mágoas
E só lhe peço que não troque a sua pele
Já o deixei mil vezes, mas volto sempre pra ele.
Ai de quem diga que é frio, ou feio, ou torto
Ele é fiel, ele é forte, é meu e ponto!
E não o deixo como tu não queres deixá-la
A nossa vida fica dentro de uma mala...

Se o teu coração é dela, eu caberei?
Se o meu é dele, cabes lá tu, isso já sei
No meio do caminho, ela e ele, tu e eu
Vem comigo, tou contigo, o que é meu é teu
Meio-meio, duas malas, duas camas,
São duas casas e eu volto quando chamas
Se o inverno aqui é longo, o dia é escuro e ficas triste
Eu faço como ela e dou-te a luz que me pediste!
E se eu te perguntar pra que lado é o caminho
Diz que a nossa casa é na asa de um passarinho
O meu ninho, é o teu ninho,
Ela pode ser o fado, mas eu sou o teu destino.

Se o teu coração é dela, eu caberei?
Se o meu é dele, cabes lá tu, isso já sei
No meio do caminho, ela e ele, tu e eu
Vem comigo, tou contigo, o que é meu é teu
Meio-meio, duas malas, duas camas,
São duas casas e eu volto quando chamas
E se perguntarem o numero da nossa porta
Diz que nossa casa é na asa de uma gaivota.

Two Houses

You are enchanted by her, fair and beautiful,
With that light of hers, a star in the cinema,
They sing about her, write poems for her,
Paint her watercolors in her serene poses,
They come to see her, to photograph her,
To live with her, there are those who would even buy her,
And you lament, you try to stay near,
It is certain that at her feet is where you feel at home,
When you are absent, you become a desert,
You just want to go back to her, and the longing does not pass.
And I understand, it is no secret,
I too have a refuge to which I flee and which embraces me!

I like it so closed, gray and serious,
With its wet eyes, all mystery,
It has a grave tone that always tells me the truth,
It is jealous but defends freedom,
When I return, it always unpacks my bags,
When I stumble, it always undoes my sorrows,
And I only ask that it not change its skin,
I have left it a thousand times, but I always come back to it.
Woe to those who say it is cold, or ugly, or crooked,
It is faithful, it is strong, it is mine, and period!
And I do not leave it as you do not want to leave her,
Our life is inside a suitcase...

If your heart is hers, will I fit?
If mine is his, you will fit there, that I know,
Halfway there, she and he, you and I,
Come with me, I am with you, what is mine is yours,
Half and half, two suitcases, two beds,
There are two houses, and I will come back when you call,
If the winter here is long, the day is dark and you are sad,
I will do as she does and give you the light you asked me for!
And if I ask you which way the road is,
Say that our house is on the wing of a little bird,
My nest is your nest,
She may be fate, but I am your destiny.

If your heart is hers, will I fit?
If mine is his, you will fit there, that I know,
Halfway there, she and he, you and I,
Come with me, I am with you, what is mine is yours,
Half and half, two suitcases, two beds,
There are two houses, and I will come back when you call,
And if you ask me the number of our door,
Say that our house is on the wing of a seagull.