Текст и перевод песни Tião Carreiro & Pardinho feat. Leandro & Leonardo - Rei do gado (Participação especial Leandro & Leonardo)

Rei do gado (Participação especial Leandro & Leonardo)

Num bar de Ribeirão Preto
Eu vi com meus olhos esta passagem
Quando o champanha corria a rodo
No alto meio da grã-finagem

Nisto chegou um peão
Trazendo na testa o pó da viagem
Pro garçom ele pediu uma pinga
Que era pra rebater a friagem

Levantou o almofadinha
E falou pro dono: Eu tenho uma fé
Quando um caboclo que não se enxerga
Num lugar desse vem pôr os pés

Senhor, que é o proprietário
Deve barrar a entrada de qualquer
E principalmente nesta ocasião
Que está presente o rei do café

Foi uma ′sarva de parma
Gritaram viva pro fazendeiro
Quem tem milhões de pés-de-cafés
Por este rico chão brasileiro

Sua safra é uma potência
Em nosso mercado e no estrangeiro
Portanto, vejam que este ambiente
Não é pra quarquer' tipo rampeiro

Com um modo bem cortês
Responde o peão pra rapaziada
Esta riqueza não me assusta
Topo em aposta qualquer parada

Cada pé desse café
Eu amarro um boi da minha invernada
E pra encerrar o assunto, eu garanto
Que ainda me sobra uma boiada

Foi um silêncio profundo
O peão deixou o povo mais pasmado
Pagando a pinga com mil cruzeiros
Disse ao garçom pra guardar o trocado

Quem quiser meu endereço
Que não se faça de arrogado
É só chegar lá em Andradina
E perguntar pelo rei do gado

King of Cattle (Special Participation Leandro & Leonardo)

At a bar in Ribeirão Preto,
My own eyes beheld this story unfold,
Where champagne flowed like a river,
Amidst the elite's splendor, a tale to be told.

Then, a cowboy entered the scene,
His face etched with the dust of his journey's strife,
He ordered a shot of pinga,
To ward off the cold, to sustain his life.

The self-important dandy rose,
And addressed the owner with disdain,
"When an uncultured peasant dares to show his face,
In a place like this, it brings shame and disgrace."

"Sir, owner of this establishment,"
"Bar the entrance to all such intruders,"
"Especially on this occasion,"
"When the coffee king himself graces our presence."

A chorus of cheers erupted,
Hailing the mighty coffee baron,
Who owned millions of coffee trees,
A fortune built on Brazilian soil, so fertile and free.

His harvest was a powerhouse,
Dominating markets both near and far,
And so, this gathering, they proclaimed,
Was no place for a mere cowboy, a lowly farmhand.

With courtly demeanor, the cowboy spoke,
Addressing the crowd with a voice soft and bold,
"Your wealth, it does not intimidate me,"
"I'll stake my claim, a bet I'm eager to hold.

For every one of your coffee trees,
I'll tie a steer from my grazing land, fair and free,
And when the tally is done, I assure you, I vow,
I'll have cattle left, a fortune that will allow."

A profound silence fell upon the room,
The cowboy's words left the crowd astounded,
He paid for his drink with a thousand cruzeiros,
And told the waiter to keep the change, unrounded.

"If you seek my address," he proclaimed,
"Do not be arrogant or haughty,"
"Just head to Andradina,"
"And ask for the king of cattle, that's where you'll find me."