Текст и перевод песни Vitor Pirralho - Mato grosso

Mato grosso

Eu sou subversivo e, por isso, não sirvo
A nenhum projeto de esboço
Vai pensando que é relva, vai se deparar com a selva, vai
Se perder no Mato Grosso

Eu sou seco e molhado, embrenhado em feitiço
Sou bandido, sou pecado, eu não faço seu tipo
Pois é, sujeito estranho, à flor da pele, estava escrito
Que, ao cair da tarde, um brasileiro vivo

Daqueles inclassificáveis, sempre perseguido
Chamado de vagabundo... um beijo bandido
Iria provar ao mundo, as aparências enganam
Quem não vive tem medo da morte, as matas me chamam

Eu sou subversivo e, por isso, não sirvo
A nenhum projeto de esboço
Vai pensando que é relva, vai se deparar com a selva, vai
Se perder no Mato Grosso

O Brasil tá mais careta, conforme o tempo passa
Na água do céu-pássaro, continuo vira-lata de raça
Conectado com a mata, conectado com os bichos
Com o princípio organizador do infinito

Pescador de pérolas, atento aos sinais
Com olhos de farol, eu enxergo além do cais
Destino de aventureiro que me xingou de bugre
Eu fiz foi carnaval, bloco na rua e batuque

(Vou fazer o que eu quiser, tá?)
(Num tem que ter medo de nada, né)
(Não me submeto ao medo)

Eu sou subversivo e, por isso, não sirvo
A nenhum projeto de esboço
Vai pensando que é relva, vai se deparar com a selva, vai
Se perder no Mato Grosso

Não tenho medo do tempo, o tempo sou eu
Canto em qualquer canto, o canto é luz pra todo breu
Não tenho medo do tempo, o tempo sou eu
Canto em qualquer canto, levo o novo ao museu

Mato Grosso

I'm subversive, and therefore, I'm no good
For any draft project
You think it's grass, you'll find yourself in the jungle, you'll
Get lost in the Mato Grosso

I'm dry and wet, entangled in magic
I'm a bandit, I'm a sinner, I'm not your type
Because, you see, a strange fellow, on the surface, it was written
That, as the sun sets, a Brazilian alive

One of those unclassifiable ones, always persecuted
Called a vagabond... a bandit's kiss
Would prove to the world, appearances are deceiving
Whoever doesn't live is afraid of death, the forests call me

I'm subversive, and therefore, I'm no good
For any draft project
You think it's grass, you'll find yourself in the jungle, you'll
Get lost in the Mato Grosso

Brazil is getting more prudish, as time goes by
In the water of the sky-bird, I remain a mongrel of breed
Connected to the forest, connected to the animals
With the organizing principle of infinity

Pearl fisherman, attentive to the signs
With lighthouse eyes, I see beyond the docks
Destiny of an adventurer who called me a bugre
I just made carnival, street block and drumming

(I'll do what I want, okay?)
(You don't have to be afraid of anything, right)
(I don't submit to fear)

I'm subversive, and therefore, I'm no good
For any draft project
You think it's grass, you'll find yourself in the jungle, you'll
Get lost in the Mato Grosso

I'm not afraid of time, time is me
I sing in any corner, the song is light for all the darkness
I'm not afraid of time, time is me
I sing in any corner, I bring the new to the museum