Текст и перевод песни Vitor Ramil feat. Carlos Moscardini - Deixando o Pago (feat. Carlos Moscardini)

Deixando o Pago (feat. Carlos Moscardini)

Alcei a perna no pingo
E saí sem rumo certo
Olhei o pampa deserto
E o céu fincado no chão
Troquei as rédeas de mão
Mudei o pala de braço
E vi a lua no espaço
Clareando todo o rincão

E a trotezito no mais
Fui aumentando a distância
Deixar o rancho da infância
Coberto pela neblina
Nunca pensei que minha sina
Fosse andar longe do pago
E trago na boca o amargo
Dum doce beijo de china

Sempre gostei da morena
É a minha cor predileta
Da carreira em cancha reta
Dum truco numa carona
Dum churrasco de mamona
Na sombra do arvoredo
Onde se oculta o segredo
Num teclado de cordeona

Cruzo a última cancela
Do campo pro corredor
E sinto um perfume de flor
Que brotou na primavera.
À noite, linda que era,
Banhada pelo luar
Tive ganas de chorar
Ao ver meu rancho tapera

Como é linda a liberdade
Sobre o lombo do cavalo
E ouvir o canto do galo
Anunciando a madrugada
Dormir na beira da estrada
Num sono largo e sereno
E ver que o mundo é pequeno
E que a vida não vale nada

O pingo tranqueava largo
Na direção de um bolicho
Onde se ouvia o cochicho
De uma cordeona acordada
Era linda a madrugada
A estrela d'alva saía
No rastro das três marias
Na volta grande da estrada

Era um baile, um casamento
Quem sabe algum batizado
Eu não era convidado
Mas tava ali de cruzada
Bolicho em beira de estrada
Sempre tem um índio vago
Cachaça pra tomar um trago
Carpeta pra uma carteada

Falam muito no destino
Até nem sei se acredito
Eu fui criado solito
Mas sempre bem prevenido
Índio do queixo torcido
Que se amansou na experiência
Eu vou voltar pra querência
Lugar onde fui parido

Leaving the Homeland (feat. Carlos Moscardini)

I mounted the horse
And left without a certain direction
I looked at the deserted prairie
And the sky planted on the ground
I changed the reins of my hand
I changed the stirrup of my arm
And I saw the moon in the space
Brightening all the corner

And trotting a little bit more
I was increasing the distance
Leaving the childhood ranch
Covered by the fog
I never thought that my destiny
Would be to walk far from my homeland
And I bring in my mouth the bitter
Of a sweet kiss of a woman

I always liked the brunette
It's my favorite color
Of a race in a straight field
Of a trick in a ride
Of a barbecue of mamona
In the shade of the trees
Where the secret is hidden
In a keyboard of accordion

I cross the last gate
Of the field to the corridor
And I feel a perfume of flower
That blossomed in the spring.
At night, how beautiful it was,
Bathed by the moonlight
I had the desire to cry
When seeing my abandoned ranch

How beautiful is the freedom
On the back of a horse
And hear the cock crowing
Announcing the morning
Sleeping by the side of the road
In a deep and serene sleep
And see that the world is small
And that life is worth nothing

The horse was walking calmly
In the direction of a tavern
Where you could hear the whisper
Of an awake accordion
The morning was beautiful
The morning star was rising
In the wake of the three wise men
In the big turn of the road

It was a dance, a marriage
Who knows some baptism
I wasn't invited
But I was there crossed-armed
Tavern by the roadside
Always has an Indian leisure
Cachaça to have a drink
Carpet for a card game

They talk a lot about destiny
I don't even know if I believe it
I was raised alone
But always well prepared
Indian with a twisted jaw
Who tamed himself in the experience
I will go back to my homeland
Place where I was born