Текст и перевод песни Vitor Ramil feat. Carlos Moscardini - Mango

Mango

Criado junto aos arreio
A boleadeira e o laço
Cheio de talho e pontaço
Velho amigo e companheiro
Meu rude traste campeiro
Que uso preso no braço.

Batendo ao cano da bota
Uma festança campeira
Num balancear de vaneira
Enfiado ao cabo da faca
Acariciando a guaiaca
E ouvindo a gaita manheira.

Retoço em cancha de tava
Entre fichas e dinheiro
Amadrinhando o coimero
Pra receber a parada
Cuidando a tava clavada
Lá junto ao pé do parceiro.

Cruzo pra lá e pra cá
Um dos braços pendurado
Ás vezes troco de lado
Bombeando a parada paga
E fica o facão e adaga
Me olhando de atravessado.

Um cerne de guajuvira
Retovado com capricho
Às vezes quando me espicho
Lasqueio um quebra-quexudo
Ou derrubo o melenudo
Junto ao balcão de bolicho.

Sempre ao lado do ginete
Já me criei camperaço
Me lembra um potro picasso
Corcoveando num remexo
Sem uma corda no queixo
Que derrubei a mangaço.

Sempre metido em buchincho
Levando algum sofrenaço
Talhas de adaga, balaço
É sina que desembesta
Mas já quebrei muita testa
E nunca cai do braço.

Mango

Born with harnesses
The bolas and the lasso
Full of cuts and jabs
Old friend and companion
My rude, worn-out hero
That I wear fastened to my arm.

Knocking against my boot’s leg
A country party
In a vaneira's sway
Stuck to the knife’s handle
Caressing the guaiaca
And listening to the sweet gaita.

I cavort in a dirt-floored courtyard
Amidst chips and money
Minding the players
To receive the bets
Watching over the planted stake
Right next to my partner’s foot.

I cross to and fro
One of my arms hanging down
Sometimes I switch sides
Pumping the winnings
And there remain the dagger and the knife
Looking at me sideways.

A kernel of guajuvira
Turned with care
Sometimes when I stretch
I crack a chestnut
Or I fell the hairy one
Next to the shop’s counter.

Always beside the rider
I grew up a country boy
I remind me of a pinto pony
Bucking in a shuffle
Without a rope on my chin
That I broke off roughly.

Always stuck in a row
Taking some blow
Cuts by dagger, gunshot
It is a fate that I escape
But I have broken many a head
And I have never fallen from his arm.