Текст и перевод песни Zé Ramalho feat. Paulinho Boca De Cantor - O Desafio do Século

O Desafio do Século

Na noite de São João
No sertão da Carnaíba
Emendaram os bigodes
E o couro comeu sem dó
O desafio do século
Gaguinho boca de pandeiro
De Paraíba
Guitarra de cipó

Na noite de São João
No sertão da Carnaíba
Emendaram os bigodes
E o couro comeu sem dó
O desafio do século
Gaguinho boca de pandeiro
De Paraíba
Guitarra de cipó

Sou gago desde menino
Bem antes do microfone
Que eu já era cantador
Raspando garfo no prato
Descobri o regional
E com os oito batutas
Fui sambar no exterior

Vindo a pé da Paraíba
De bagagem: A viola
No silencioso do mato
Deparei com a cidade
Tocando os dedos no rádio
E com bambu, cipó, taquara
Construí essa guitarra

Já que eu não tenho nada
Contra instrumento algum
Mas tocador toma choque
Vivo até a reclamar
Com os ouvidos doendo
No som dessa sua guitarra
E do seu fio quilote

E recolhe, seu Gaguim
A tua insignificância
E no meio da multidão
Só dá eu e o trio elétrico
No país do futebol
E tu é bom pra tuas negas
Só em recinto fechado

Com toda essa sua arrogância
E toda essa sua zoada
Se manca seu Paraíba
Que até pau lá fora te quara
Quando faltar energia
Quero ver a sua cara
E gaguinho até clarear

Pra acabar com a tal da briga
Surgiu os nove baianos
Que não tendo nenhum lado
Nem partido, nem filó
No samba da minha terra
No choro brasileirinho
Juntaram os dois num canto só
Pra acabar com a tal da briga
Surgiu os nove baianos
Que não tendo nenhum lado
Nem partido, nem filó
No samba da minha terra
No choro brasileirinho
Juntaram os dois num canto só

The Challenge of the Century

On Saint John's Eve
In the backwoods of Carnaíba
They glued their mustaches together
And the leather ate without mercy
The challenge of the century
Gaguinho, the mouth of the tambourine
From Paraíba
Guitar of vine

On Saint John's Eve
In the backwoods of Carnaíba
They glued their mustaches together
And the leather ate without mercy
The challenge of the century
Gaguinho, the mouth of the tambourine
From Paraíba
Guitar of vine

I've been a stutterer since I was a boy
Long before the microphone
That I was already a singer
Scraping a fork on a plate
I discovered the regional
And with the eight beats
I went to samba abroad

Walking from Paraíba
With luggage: The viola
In the silence of the woods
I came across the city
Touching my fingers on the radio
And with bamboo, vine, cane
I built this guitar

Since I have nothing
Against any instrument
But the player gets shocked
I live until I complain
With my ears hurting
In the sound of your guitar
And your wire kilometer

And collect, your Gaguim
Your insignificance
And in the middle of the crowd
It's just me and the electric trio
In the land of football
And you're good for your girls
Only indoors

With all this arrogance
And all this noise you make
Cut it out, you Paraíba
That even sticks outside there beat you up
When the power goes out
I want to see your face
And stutterer until dawn

To end the fight
The nine Bahamians emerged
Having no side
No party, no philosophy
In the samba of my land
In the Brazilian chorinho
They brought the two together in one song
To end the fight
The nine Bahamians emerged
Having no side
No party, no philosophy
In the samba of my land
In the Brazilian chorinho
They brought the two together in one song