NERVE - '98 Lyrics

Lyrics '98 - NERVE



Esta noite vi a porta do quarto a abrir sozinha
E eu não acredito em espíritos,
Então resta-me aceitar que estou a variar da pinha.
Escreve o que eu digo,
Antes destes episódios serem norma, hei-de dar o na corda.
Beija a minha pele morta. Engole o sapo e coroa-me a carcaça.
Inglória vénia ao novo rei-cadáver.
Bastarda justiça poética. Trasladação para túmulo em praça pública,
Numa clara póstuma homenagem cínica dessa fisgada escória.
Eu não pertenço à corja de ignorantes,
que a suposta escola intelectualóide enoja-me.
Marcho contra o cor-de-rosa.
Conheço a derrota pela alvorada mas, quando o sol morre, o monstro mostra-se.
Mãe, estou mal na escola.
A malta goza quando as minhas órbitas ganham espinhos de dentro da carne para fora.
Ignora, filho. Ter um demónio interior está na moda.
Asas a sair das costas é perfeitamente normal, agora. São os noventas.
E eu a moldar uma alma torta,
Vidrado na música de ódio que o meu irmão mais velho me mostra.
Agora ó para mim, de cara escondida atrás da gola do casaco.
Figura esguia, na noite fria, acampado à porta. Tão hipócrita.
Declaro que nada importa enquanto estendo as mãos às nuvens,
Em súplica, à espera que do céu caiam notas.
Sai um vodka, para a solitária celebração.
Não sou nenhum napoleão, não tenho tropas.
Entendo tanto de armas como de motas.
Não sou dono da resposta para "a que horas hoje a bola".
Sempre fui o que ficou de fora.
Nunca soube como se joga.
Mas sei dedilhar um clitóris que nem um Paredes na guitarra
E também não sei como se toca.



Writer(s): Pedro Filipe Pinto Cunho Oliveira Carvalho, Tiago Filipe Da Silva Goncalves


NERVE - 'Trabalho & Conhaque' ou 'A Vida Não Presta & Ninguém Merece a Tua Confiança' (T&C/AVNP&NMTC)




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