Projota - O Portão do Céu (Ao Vivo) Lyrics

Lyrics O Portão do Céu (Ao Vivo) - Projota



Eu sou o joio que nem faz questão de se juntar com o trigo
No new friends, mesmo amigos, mesmos perigos, mesmos abrigos
Meus manos não devem
Sigo atemporal igual seven, dos "sete pecados capitais"
pratiquei claramente esses sete desde os 17 e outros 50 mais
Então, não troca de roupa, amor, o mundo te fez sentir dor
E o mundo anda tão machista
Que a mina se assusta se aparece um cara que te da valor
Também pelo amor, não deixam vestir, não deixam agir
É a submissão do opressor
E no mesmo vagão do metro, segue sua mãe e o estuprador
Ah, os muleque é liso, sim, mais o governo é muito mais
Fácil matar dezenas de pessoas e dizer que foi por causas naturais
Tristezas demais, perdendo seus pais, perdendo sua casa enterrada na lama
Uma missa não traz a justiça pro povo que sofre em Mariana
É, desgosto demais, impostos demais, como isso pode ser comum?
Um país tão imenso, extenso, propenso a nunca ser o número um
Pobreza é jejum forçado, pobre é triste, eu vejo um por um
Se o triste bebe, o Brasil é uma fábrica de bebum
Por isso eu canto, por isso eu grito
Nasci no canto, e vou pro infinito
Não quero ser santo, nem quero ser mito
E se eu causei espanto foi porque acredito
Que o pobre é capaz e que o negro é bonito
Assim que se faz, e aqui tenho dito
Não irrite demais porque quando eu me irrito
Eu escrevo demais e hoje foi escrito que
Não tenho partido nenhum, nem tenho pretensão de ter
Um político honesto de fato, eu sigo esperando nascer
Brasil, mostra sua cara, porque se Cazuza tivesse aqui pra ver
Que tantos anos depois é a mesma merda
que agora é em HD
Quem puto aí?
Levanta a mão
na hora de revolução
Quero ver, quero ver, quem passa pelo portão
Quero ver, quero ver, quem passa pelo portão do céu
Quem puto ai?
Levanta a mão
na hora de revolução
Quero ver, quero ver, quem passa pelo portão
Quero ver, quero ver, quem passa pelo portão
IPTU, IPVA, e pra eu comer, e pra eu pagar?
E pra eu explicar pro muleque que o tênis é caro e ele não pode comprar?
E pra eu explicar pro muleque que a droga acalma mas ele não deve usar?
E pra eu explicar pro juiz
Que a única coisa que o muleque aprendeu foi roubar?
Essa é minha missão, vou te passar a visão
Pensaram que eu estava dormindo
fechei o olho pra te escrever essa canção
Presta atenção
Se eu tivesse pelo dinheiro, tinha sido pistoleiro
Cantando som de banheiro
Musiquinha sem tempero, rap nem dava dinheiro
Mesmo assim eu cantei rap
Respeita o som do muleque vacilão
Fifa na frente, e o Correio por trás
E o metrô de São Paulo e o caso da Petrobras
E Satiagraha, é Lava Jato, operações federais
Prende capanga demais, mas nunca prendem os principais
E o estudante bolado com a escola ocupando o lugar
É a luta do jovem, que não resolveram, é a hora da gente lutar
Da gente se unir, da gente se armar
É a homofobia sendo confrontada, é o direito de andar
De usar, de vestir, de sonhar, de sorrir, de ficar, de sair, é o direito de agir
É o direito de amar
É uma discussão
É o aborto, é a legalização
É o mundo matando o muleque e o rap sempre servindo como outra opção
É o câncer, é o stress, é a maldita depressão
É o salário mais justo para o professor, é o valor sendo dado pra educação
É o racismo na Internet, no Brasil de norte a sul
É o negro a cada ano quebrando um novo tabu
Mais você que segura a sua bolsa na frente
Quando anda na rua e um da gente
Agora não me venha ser prepotente e escrever no Instagram
Somos todos Maju
Quem puto aí?
Levanta a mão
na hora de revolução
Quero ver, quero ver, quem passa pelo portão
Quero ver, quero ver, quem passa pelo portão do céu
Quem puto aí?
Levanta a mão
na hora de revolução
Quero ver, quero ver, quem passa pelo portão
Quero ver, quero ver, quem passa pelo portão do céu



Writer(s): Jasmond Sutton (buckmouthbeatz)


Projota - O Portão do Céu (Ao Vivo)
Album O Portão do Céu (Ao Vivo)
date of release
11-03-2016




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