José Afonso - Já O Tempo Se Habitua paroles de chanson

paroles de chanson Já O Tempo Se Habitua - José Afonso



o tempo
Se habitua
A estar alerta
Nao luz
Que não resista
À noite cega
a rosa
Perde o cheiro
E a cor vermelha
Cai a flor
Da laranjeira
A cova incerta
Água mole
Água bendita
Fresca serra
Lava a língua
Lava a lama
Lava a guerra
o tempo
Se acostuma
A cova funda
tem cama
E sepultura
Toda a terra
Nem o voo
Do milhano
Ao vento leste
Nem a rota
Da gaivota
Ao vento norte
Nem toda
A força do pano
Todo o ano
Quebra a proa
Do mais forte
Nem a morte
o mundo
Se nao lembra
De cantigas
Tanta areia
Suja tanta
Erva daninha
A nenhuma
Porta aberta
Chega a lua
Cai a flor
Da laranjeira
A cova incerta
Nem o voo
Do milhano
Ao vento leste
Nem a rota
Da gaivota
Ao vento norte
Nem toda
A força do pano
Todo o ano
Quebra a proa
Do mais forte
Nem a morte
Entre as vilas
E as muralhas
Da moirama
Sobre a espiga
E sobre a palha
Que derrama
Sobre as ondas
Sobre a praia
o tempo
Perde a fala
E perde o riso
Perde o amor
Nem o voo
Do milhano
Ao vento leste
Nem a rota
Da gaivota
Ao vento norte
Nem toda
A força do pano
Todo o ano
Quebra a proa
Do mais forte
Nem a morte



Writer(s): José Afonso


José Afonso - Já O Tempo Se Habitua
Album Já O Tempo Se Habitua
date de sortie
22-10-2021




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