NERVE - Lenda paroles de chanson

paroles de chanson Lenda - NERVE



Um dia, eles vão dizer que eu fui uma farsa e que todas
As minhas peças foram escritas por uns anónimos génios
Da minha época; que eu era fraco nas aulas, sem dívidas
à inteligência e não podia andar para a parir poemas
Porra, eu perdi centenas de horas, eras, de volta desta obra
Estou pronto a pregar uma sesta como o campónio do Miguel Torga
vi tudo
A vida é somente fumar, queimar o tempo, escrever, deprimir e recusar concertos
Lamento mas, ó minha gente, vim agraciar-vos com a presença
Tudo indicava que hoje ficava em casa, a encher a cabeça
Conheçam-me, longe de mim
Cuspo fogo viscoso num vergonhoso nicho
Misto de loucos, freaks, geeks, que me segue
Como se eu fosse Cristo. Nerve ouve-se. É?
Fixe
Deixa queimar uma década e ele sai do alçapão
Pálido, de barba pelo pélvis, e diz: fiz um novo disco
estou a ver os fãs com náuseas, a sair da sala, tipo
"Foda-se, eu paguei para ver um espectáculo
Este gajo está a brincar com a malta
Interacção com o público?
Eu?
Eu subo ao palco e tenho um monólogo
Agora é ter paciência como o meu psicólogo
Se, por obra do destino, isto está a gravar, antes
De mais, eu queria agradecer por tão privilegiada
Oportunidade de expor o meu pranto
Perante vós, com sangue na voz
Se for demais, digam
Nerve, isso não é interessante para nós
Quem?
Eu?
Não sabeis?
Uma lenda
Quem eu sou?
Uma Lenda
Depois de séculos a aviar versículos
Querem que eu surgir numa de
Ah, não sei
foi muito
Por agora, eu fico-me
E amanhã, quem sabe, eu sou
Quem?
Eu?
Não sabeis?
Uma lenda
Quem eu sou?
Uma Lenda
Quando eu nasci, planetas alinharam
-Se como que numa vénia cósmica ao
Imperador, a luz mudou e estrelas
Escreveram o meu nome num céu bordô
Ouve, não me oiças
Morre
Olá, Boa noite
O meu nome é N-n-n-não interessa e
Eu costumava escrever umas coisas
Não se incomodem comigo
Eu estou para aqui a gastar membranas de
Microfones, quando dava um óptimo mendigo
O tempo que perdi no disco chegou para
Incorporar versos sobre isso mesmo e agora
Ter um verso sobre ter versos sobre isso
Não singrei por um triz
Tão feliz, dei concertos de merda em
Algumas das melhores casas do país. É?
E então? E não estou nisto para, mais tarde
Ter o prazer de dizer "filho, olha o que eu fiz
Com a tua idade", mas sim para, quando ele
Perguntar "porque é que a mãe nos deixou
E não comida na mesa?", eu lhe pregar
Uma lição acerca de prioridades
No outro lado do mundo, eu teria esta casa cheia
E umas sete capas de CD com esta cara feia
Eis a mente visionária e sem emprego
Como se a minha especialidade fosse Tapeçarias da Malásia
Aposta que, se esta brincadeira da conquista
Mundial der para o torto, eu sei onde
é a saída e tenho a nave fora
Vou de casa e ego às costas
Sem destino, porém sem medo,
Pois quando fizerem um filme de
Mim, isto ainda vai enriquecer o enredo
Quem?
Eu?
Não sabeis?
Uma lenda
Quem eu sou?
Uma Lenda
Do meu pináculo, digo: Mãe, perdoa
Eternizar-me por nome este, em vez do
Nome que por mim escolheste
Não quero parecer ingrato, mas quem?
Eu?
Não sabeis?
Uma lenda
Quem eu sou?
Uma Lenda
Se, por ventura, a minha conduta não
Se coaduna com os "princípios e parâmetros
De avaliação de carácter" desta escumalha
Então quero mais é que morram longe
Quem?
Eu?
Não sabeis?
Uma lenda
Quem eu sou?
Uma Lenda
Quando eu nasci, planetas alinharam-se
Como que numa vénia cósmica ao Imperador
A luz mudou e estrelas escreveram o
Meu nome num céu bordô



Writer(s): Tiago Filipe Da Silva Goncalves


NERVE - 'Trabalho & Conhaque' ou 'A Vida Não Presta & Ninguém Merece a Tua Confiança' (T&C/AVNP&NMTC)




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