Songtexte Front de Madeirite - Facção Central
A
fome
não
só
corrói
a
carne,
corrói
a
Lei
Áurea
Te
faz
derrubar
de
caminhão
o
portão
da
penitenciária
Ir
na
ponta
do
pé,
no
cagueta
dormindo
Por
a
bic,
dar
um
tapa,
rasgar
o
ouvido
Antes
servíamos
o
senhor
feudal
no
engenho
Hoje
na
feira
livre
de
droga,
servimos
seu
herdeiro
Pra
curtição
da
puta
do
Gallery,
de
Porshe
Cayne
Carbonizo
o
adversário
no
pneu
com
querosene
Deixo
a
tia
em
baixo
da
mesa
até
a
trégua
dos
tiros
Na
Kombi
da
mudança
em
fuga
com
os
filhos
Quem
é
livre
na
aula
da
professora
sem
magistério
Que
te
põem
no
estelionato
com
o
RG
do
arquiteto
No
acordo
do
coma
induzido
só
quero
a
gráfica
Falsificar
nota
de
dez
até
com
marca
d'água
Se
a
Draco
colar,
fui
ver
a
Gaviões
no
Anhembi
Pra
deletar
o
resto
do
Ceasa
que
eu
digeri
Deletar
a
assistente
social
que
minha
mãe
foi
procurar
Sem
comida
pra
me
criar,
mandou
pro
conselho
tutelar
Aqui
o
caderno
é
só
pra
desenhar
o
mapa
Pra
levar
carro
pro
Paraguai
evitando
a
polícia
rodoviária
O
mapa
da
pista
que
o
bi
motor
trás
o
cartucho
incendiário
Ou
pra
escrever
o
estatuto
do
crime
organizado
Extinguiram
a
compaixão
do
meu
Aurélio
No
novo
coliseu
o
escravo
vai
matar
Nero
Aqui
o
salto
é
10
mil
pés
sem
paraquedas
É
andar
na
prancha
com
tubarão
branco
à
sua
espera
1.40
da
polícia,
o
futuro
não
sobrevive
Sangra,
agoniza
no
Front
de
madeirite
Aqui
o
salto
é
10
mil
pés
sem
paraquedas
É
andar
na
prancha
com
tubarão
branco
à
sua
espera
1.40
da
polícia,
o
futuro
não
sobrevive
Sangra,
agoniza
no
Front
de
madeirite
Aí
tira
o
capacete
motoqueiro
Aqui
a
Baretta
é
o
código
de
trânsito
brasileiro
Carro
só
com
luz
interna
acesa,
farol
baixo
Visita
pro
parente,
só
com
horário
marcado
O
executivo,
legislativo,
judiciário
no
morro
Não
seguem
a
constituição
da
Hadock
Lobo
Cuzão
critica,
Facção
é
pessimista
Não
sabe
quanto
custa
6 anos
de
medicina
E
eu
vendo
lixa
na
Sé,
diplomado
Sem
formatura
em
curso
caro,
diploma
limpa
rabo
Não
sabe
o
que
é
sua
mulher
no
cadeião
de
Pinheiros
Presa
entrando
com
droga
pra
você
fazer
dinheiro
Pra
arrumar
pro
advogado,
tipo
Maluf
e
Pitta
Pra
uma
brecha
na
lei
pra
a
liberdade
assistida
Deixei
a
H-stern
sem
produto
na
vitrine
Por
que
o
metalúrgico,
meu
herói
me
deu
uma
nota
de
20
Atenção
MST,
uma
dica
No
Brasil
o
congresso
é
a
área
mais
improdutiva
Tronco,
pau
de
arara,
a
gôndola
do
mercado
Em
qual
método
mais
nefasto
o
pobre
é
torturado?
No
meu
radar
meteorológico
tá
previsto
Ciclone
que
vara
porta
de
aço
balístico
Na
rua
com
pedra
de
brilhante
que
você
mandou
ladrilhar
Só
deixando
o
notebook
que
seu
amor
vai
passar
Aqui
o
salto
é
10
mil
pés
sem
paraquedas
É
andar
na
prancha
com
tubarão
branco
à
sua
espera
1.40
da
polícia,
o
futuro
não
sobrevive
Sangra,
agoniza
no
Front
de
madeirite
Aqui
o
salto
é
10
mil
pés
sem
paraquedas
É
andar
na
prancha
com
tubarão
branco
à
sua
espera
1.40
da
polícia,
o
futuro
não
sobrevive
Sangra,
agoniza
no
Front
de
madeirite
Em
vez
de
ser
o
desempregado
atirando
fogo
no
corpo
Prefiro
ser
o
indiciado
por
homicídio
doloso
Me
espelho
em
Aleijadinho
com
a
doença
degenerativa
Que
mesmo
sem
os
dedos
esculpia
Na
primeira
declaração
dos
direitos
tava
escrito
Resistir
a
opressão
em
letra
legível
Queria
resistir
sem
zelador
no
olho
mágico
Abriu
vai
filho
da
puta,
deitado,
é
assalto
No
telecurso
da
vida
o
módulo
tem
só
uma
aula
Ensino
fundamental,
é
blitz
falsa
É
cagueta
de
capuz
na
diligência
do
DECAP
Com
sua
foto,
endereço,
número
da
identidade
É
fechar
com
a
puta,
fica
atrás
da
cortina
Sonífero
no
drink
e
euro
do
cu
da
petro
química
Qual
é
a
diferença
da
Febem
de
Franco
da
Rocha
Pra
escola
que
só
por
falta
reprova
Queria
o
Jô
e
o
boy
do
blog,
rindo
da
pobreza
Velando
80
porcento
da
mãe
porque
não
achou
a
cabeça
Grampeou
meu
telefone
então
põe
no
jornal
Pelo
aroma
chego
no
Instituto
Médico
Legal
Ritual
de
respeito
aos
mortos
de
antes
da
escrita
Aqui
é
corpo
sem
geladeira,
jazigo
da
família
50
mil
mortos
por
ano
no
paradisíaco
Brasil
Versus
35
mil
na
Colômbia
em
guerra
civil
Aqui
o
salto
é
10
mil
pés
sem
paraquedas
É
andar
na
prancha
com
tubarão
branco
à
sua
espera
1.40
da
polícia,
o
futuro
não
sobrevive
Sangra,
agoniza
no
Front
de
madeirite
Aqui
o
salto
é
10
mil
pés
sem
paraquedas
É
andar
na
prancha
com
tubarão
branco
à
sua
espera
1.40
da
polícia,
o
futuro
não
sobrevive
Sangra,
agoniza
no
Front
de
madeirite
Aqui
o
salto
é
10
mil
pés
sem
paraquedas
É
andar
na
prancha
com
tubarão
branco
à
sua
espera
1.40
da
polícia,
o
futuro
não
sobrevive
Sangra,
agoniza
no
Front
de
madeirite
Aqui
o
salto
é
10
mil
pés
sem
paraquedas
É
andar
na
prancha
com
tubarão
branco
à
sua
espera
1.40
da
polícia,
o
futuro
não
sobrevive
Sangra,
agoniza
no
Front
de
madeirite

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