Lyrics Armados de Poesia - Fabio Brazza feat. Vulto
Antes
o
samba
era
descriminado,
pergunta
lá
pro
Pixinguinha
Quando
tocavam
em
Copacabana,
tinha
que
entrar
pela
cozinha
Hoje
é
pé
na
porta
sem
tocar
a
campainha,
sem
tocar
a
campainha
Eles
tem
medo
do
discurso
que
o
Tupac
tinha
É
que
Patinha
Feio
virou
Tio
Patinhas
Antes
viam
preto
e
viravam
o
quarteirão
Hoje
são
fã
de
carteirinha
Antes
viam
preto
e
chamavam
o
Caveirão
Hoje
eles
aplaudem
o
Caverinha
(Re!)
O
mano
com
dinheiro
fala
mal
da
favela
Como
se
o
crime
fosse
só
no
Vidigal
e
na
Rocinha
Mas
apoia
o
deputado
que
é
fechado
com
a
milícia
E
ama
ir
no
baile
funk,
zoar
e
cheirar
farinha
E
eu
fico
me
perguntando
de
onde
essa
droga
vem
Se
até
no
jatinho
do
governo
já
tinha?
E
nessa
equação
o
maior
lucro
é
de
quem?
Quem
fica
com
caixão
e
quem
fica
com
a
caixinha
(Ah!)
E
não
adianta
fingir
que
não
vê
lado
O
preconceito
é
velado,
Vê
la
do
alto
do
morro
qual
corpo
vai
ser
velado
Vai
ser
favelado
É
o
pai
que
perde
o
filho,
é
o
dedo
no
gatilho
É
o
medo
do
homicídio,
é
a
morte
a
domicílio,
é
a
guerra
nos
presídios
Carandiru,
Alcaçuz,
por
aqui
se
banaliza
genocídios
Pergunta
pros
índios,
pergunta
pros
índices
Quantas
dessas
vítimas
são
pretas?
Pergunta
lá
pro
IML
Qual
a
cor
da
pele
que
colore
suas
gavetas,
hein?
Rap
é
tudo
que
o
sistema
não
queria
Tudo
que
o
sistema
não
queria
Rap
é
tudo
que
o
sistema
não
queria
É
o
povo
armado
de
poesia
Menino
pensando
é
problema
na
certa,
contesta
essa
democracia
Menina
pensando
é
o
gatilho
que
aperta
na
testa
da
hipocrisia
(Há!)
Rap
é
tudo
que
o
sistema
não
queria
Tudo
que
o
sistema
não
queria
Rap
é
tudo
que
o
sistema
não
queria
É
o
povo
armado
de
poesia
Antes
o
rap
era
discriminado,
pergunta
lá
pras
patricinha
Não
tinha
espaço
na
tela
no
rádio,
só
na
105
que
tinha
Hoje
é
pé
na
porta
sem
tocar
a
campainha,
sem
tocar
campainha
Se
tinha
show
ao
invés
de
mina
só
polícia
vinha
Hoje
é
três
cueca
pra
sete
calcinha
Antes
era
só
mensagem
e
o
beat
bateno'
Hoje
é
glamour
em
festa
de
bacana
Pra
quem
achou
que
era
só
os
cara
veno'
Hoje
as
mina
fecha
e
vem
de
caravana
Querem
combater
a
violência,
mas
não
querem
combater
a
desigualdade
Ele
se
incomoda
com
a
empregada
indo
pra
Disney
Mas
não
se
incomoda
se
o
filho
da
empregada
não
entrar
na
faculdade
Amanhã
vocês
vão
ver
vários
filhos
de
empregada
no
aeroporto
lotando
o
saguão
de
embarque
Com
dólar
na
carteira
e
cantando
um
Racionais
"Vamo
passear
no
Parque!"
Mas
a
verdade
é
que
pra
chegar
na
escola
Tem
moleque
que
leva
mais
de
duas
horas
por
não
ter
vaga
no
bus
Enquanto
isso
quem
tá
roubando
nossa
vaga
na
USP
Não
quer
nem
de
graça
nossa
vaga
no
SUS
Por
que
tenho
que
curar
meu
peito
partido
num
partido
alto?
Por
que
tenho
que
tomar
partido
se
todo
partido
nos
toma
de
assalto?
Mãos
ao
alto,
até
o
Cristo
se
rendeu
e
o
Diabo
anda
de
gravata
e
terno
E
o
moleque
segue
sobrevivendo
no
inferno
Mas
se
for
pra
morrer
na
margem
então
que
seja
do
caderno
Rap
é
tudo
que
o
sistema
não
queria
Tudo
que
o
sistema
não
queria
Rap
é
tudo
que
o
sistema
não
queria
É
o
povo
armado
de
poesia
Muleque
pensando
é
problema
na
certa,
contesta
essa
democracia
Menina
pensando
é
o
gatilho
que
aperta
na
testa
da
hipocrisia
(Vai!)
Rap
é
tudo
que
o
sistema
não
queria
Tudo
que
o
sistema
não
queria
Rap
é
tudo
que
o
sistema
não
queria
É
o
povo
armado
de
poesia
Muleque
pensando
é
problema
na
certa,
contesta
essa
democracia
Menina
pensando
é
o
gatilho
que
aperta
na
testa
da
hipocrisia
(Pey!)
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